quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

LÍDER DO PMDB É CANDIDATO A PREFEITO DO RIO DE JANEIRO


Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Além da sua escolha como líder, há ainda Eduardo Cunha na presidência. A que se deve a “hegemonia do Rio de Janeiro” no PMDB da Câmara?
Eu acho que a bancada respondeu a isso. O Rio de Janeiro tem nove deputados em exercício. Eu tive 34 votos. Votos de todas as regiões. O processo de escolha da liderança não é um processo regional, é um debate de construção da bancada. O líder do PMDB deve ser aquele que a bancada julgar estar em melhor condição de expressar as posições que a bancada deve tomar, de defender os pleitos e os interesses da bancada. E não alguém que venha de região A ou B.
Foi uma vitória apertada. A bancada do PMDB está dividida?
Não, de forma alguma. A bancada está unida. Nós conversamos muito, quando ainda tinha múltiplos candidatos, sobre a necessidade de conduzir esse processo e, fosse quem fosse o vencedor, a unidade ser garantida. Quando restamos apenas eu e o deputado Lúcio (Vieira Lima, da Bahia) na disputa, nós também conversamos muito e firmamos um pacto de garantir a unidade do partido. Não é inédito na bancada disputas acirradas. Quando eu cheguei para o meu primeiro mandato, em 2003, houve uma disputa entre Eunício Oliveira e Barbosa Neto, que foi resolvida por uma diferença de dois votos. E não rachou a bancada.
O senhor fez campanha para Aécio Neves (PSDB) no Rio. O PMDB é um partido da base aliada. Como vai ser sua relação com os outros líderes?
Não tenho nenhuma dificuldade. Eu fiz campanha para Aécio Neves, votei nele porque queria que ele ganhasse as eleições, mas quem ganhou foi a Dilma. Eu acredito que, na democracia, a gente deve respeitar o resultado das urnas. Até que se abram os votos, cada um defende a sua posição. Depois, é preciso respeitar a vontade majoritária da população. E eu não sou nem petista, nem peessedebista, eu sou do PMDB. E sendo do PMDB, eu já votei no Lula, já votei na Dilma; já não votei no Lula, já não votei na Dilma. Então, são circunstâncias. Nós tínhamos uma disputa com o PT local, no Rio de Janeiro, o que nos levou a uma aliança diversa da nacional, num processo que foi discutido. Nós defendemos essa tese (do apoio a Aécio) na convenção do PMDB, com o diretório da Bahia, de Lúcio. E tivemos 41% dos votos

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