terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

PMDB DECIDE APOIAR AJUSTE FISCAL DO GOVERNO


Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O PMDB vai apoiar as duas medidas provisórias que tratam das propostas de ajuste fiscal feitas pelo governo que estão no Congresso Nacional. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu fez a afirmação após participar do jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República Michel Temer, na noite de quinta-feira (23/2). Segundo ela, todos os integrantes da cúpula do partido concordaram com o apoio, principalmente, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
“O ministro (Joaquim) Levy (da Fazenda) fez uma explicação bastante contundente, bastante clara da situação, ao mesmo tempo pedindo a aprovação das medidas, mas deixando um otimismo muito grande para os próximos anos. Mais uma vez, o PMDB vai apoiar as medidas governo. As duas MPs o PMDB vai apoiar”, afirmou. Questionada se elas seriam aprovadas da forma como foram enviadas, Kátia disse que eles não ˜entraram em detalhes˜. “Mas da forma que o ajuste fiscal exige”, completou.
No jantar, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy explicou os pontos da medida para convencer os demais sobre a necessidade delas. Um dos argumentos usados foi o de que levando em conta o cenário internacional, não adotar essas propostas significa risco de entrar em crise econômica. Mais cedo, Temer havia falado que o jantar era o primeiro passo para dialogar com o PMDB e conseguir a aprovação das medidas e que o ministro da Fazenda tentaria convencer os demais sobre a importância delas. O primeiro a deixar o Palácio foi o senador Eunício Oliveira.
As medidas de ajuste apresentadas pelo governo dificultam o acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, pensão por morte e seguro defeso, por exemplo. Segundo o governo, elas são necessárias para fazer uma economia de R$ 18 bilhões ao ano e corrigir fraudes. As propostas são de contestação por parte de centrais sindicais e de parlamentares, inclusive da base, que tem feito uma série de emendas às duas medidas provisórias que tratam das medidas no Congresso Nacional. Antes do início do jantar, 22 integrantes de Forças Sindicais estiveram em frente ao Palácio para protestar e pedir o veto total das medidas.
Na ocasião, integrantes da legenda aproveitaram para reclamar a falta de participação na elaboração de políticas públicas. “Não é uma reclamação, mas uma observação. O ponto mais forte tocado é que precisa haver uma definição de uma coalização que venha a satisfazer os interesses do país.”, disse. Segundo ela, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante reconheceu que é preciso ouvir mais o PMDB. 

Estiveram presentes no jantar os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento); Alexandre Tombini (Banco Central); Aloizio Mercadante (Casa Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Vinícius Lages (Turismo), Edinho Araújo (Portos), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Pesca). Também confirmaram presença o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, além do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani. O ex-presidente José Sarney e o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves também estiveram presentes.

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