quinta-feira, 31 de agosto de 2017

INQUÉRITO DO GOVERNADOR DE ALAGOAS VAI PARA O STJ

O NOVO  Renan Filho com uma correligionária, na campanha em Major Isidoro. Seu pai senador não aparece (Foto: Igor Pereira/ÉPOCA)
Por determinação do ministro Marco Aurélio Mello, o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou nesta terça-feira (29) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) cópia das informações contidas em um dos inquérito abertos a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht. O material envolve o governador de Alagoas, Renan Filho(PMDB), autoridade com foro no STJ. Em troca de benefícios ao grupo empresarial nas obras de construção do Canal do Sertão Alagoano, afirmaram os colaboradores à Procuradoria-Geral da República, Renan Filho e o pai, o senador Renan Calheiros (PMDB), receberam cerca de R$ 1,3 milhão em propina. Item do PAC, o pacote de obras dos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, o canal foi projetado para aplacar os problemas da seca em Alagoas.
Segundo a acusação foram repassados R$ 500 mil ao senador alagoano em 2010, dinheiro não contabilizado. Renan Filho recebeu cerca de R$ 830 mil na campanha de 2014 por meio de doação oficial.
O inquérito estava sob a relatoria do ministro Edson Fachin, mas foi redistribuído ao ministro Marco Aurélio Mello, que determinou seu desmembramento. A partir de agora, Renan Filho se submeterá ao crivo do STJ. No Supremo, Renan seguirá na condição de investigado ao lado do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da Integração Nacional. Era responsabilidade de Bezerra destinar verbas federais para a empreitada. Em troca, de acordo com delatores, ele recebeu cerca de R$ 1 milhão da Odebrecht.

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