quinta-feira, 22 de agosto de 2019

PARTIDOS DE DIREITA PODEM SE UNIR NAS ELEIÇÕES DE 2022.

João Doria e Rodrigo Maia ensaiam uma aproximação entre DEM e PSDB. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
As discussões entre as três siglas sobre uma possível fusão ainda estão incipientes
  • O deputado Rodrigo Maia nega possibilidade, mas ensaia aproximação do PSDB
As cúpulas do PSDB, do PSD e do DEM discutem uma fusão dos partidos para disputar as eleições de 2022. No pleito, serão definidos presidente, governadores, deputados federais e estaduais e senadores. 
Caso a junção se concretize, o novo partido será o maior do Brasil. Terá oito governadores, 92 deputados e 22 senadores.
Atualmente, o partido que mais tem governadores e deputados é o PT, com quatro executivos estaduais e 56 representantes na Câmara. O MDB é a maior sigla no Senado, com 22 parlamentares.
A nova legenda também teria a maior fração do fundo eleitoral para financiamento público de campanhas. Juntos, PSDB, DEM e PSD receberam R$ 386 milhões nas eleições de 2018, valor que supera os R$ 234 milhões destinados ao MDB – até agora, o partido com mais recursos.
Os dirigentes dos partidos não acreditam que a mudança pode ser concretizada até o ano que vem, quando acontecem as eleições municipais, porque as conversas ainda estão no começo. Ainda não se definiu, por exemplo, o nome da nova sigla.
"O principal empecilho a essa junção era o [Gilberto] Kassab [presidente do PSD]. Mas nas últimas discussões ele mostrou uma mudança de postura e acredito que é apenas uma questão de tempo para amadurecermos esse projeto. A ideia é ter tudo concretizado até 2021 para dar tempo de participar com o novo partido das eleições em 2022", afirma um integrante do PSDB ao UOL.
Kassab, por sua vez, se diz aberto ao diálogo, mas faz ressalvas ao projeto: "Quando fomos procurados, afirmei que essa questão não foi discutida internamente no PSD. Acredito que nenhum grande partido terá disposição de examinar isso antes das eleições de 2022".
Ele afirma, ainda, que a junção de partidos deve se tornar cada vez mais comum após a proibição de coligações nas eleições proporcionais.
O presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, também apresentou resistência à proposta quando questionado: afirmou que há “zero chance” de a junção acontecer.
Da mesma forma, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), negou a possibilidade. No entanto, tem se aproximado cada vez mais do PSDB e do governador João Doria, candidato natural do partido à presidência. Maia marcou presença na cerimônia de filiação do deputado Alexandre Frota ao PSDB.
"Estamos cada vez mais próximos e mais fortes. E não tenha dúvida, o fim das coligações vai nos levar à necessidade de uma reorganização partidária onde o Brasil voltará a ter três, quatro, cinco partidos fortes e um desses será certamente uma forte possibilidade de termos o DEM e o PSDB como a mesma força e o mesmo partido de representação", afirmou na ocasião, ao lado de Doria

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