sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A NORUEGA QUE MATA BALEIA NÃO É EXEMPLO PARA O BRASIL.

BRASÍLIA, DF, 15.08.2019: O presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da Cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Mauá, no Clube Naval, localizado no Setor de Clubes Sul, em Brasília. (Foto: Claudio Reis/FramePhoto/Folhapress)
 - O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (15) a Noruega e sugeriu que o país europeu envie para o reflorestamento da Alemanha o montante que não será mais enviado para o Fundo Amazônia.
Em entrevista à imprensa, após evento militar, ele se referiu à Noruega como um país que "mata baleia" e "explora petróleo" e que não tem nada a oferecer ao Brasil neste momento.
Nesta quinta-feira (15), o ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Ola Elvestuen, anunciou suspensão do repasse de cerca de R$ 133 milhões. Segundo ele, o Brasil está quebrando o acordo para redução do desmatamento.
"A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima, no Pólo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós. Pega a grana e ajuda a [chanceler alemã] Ângela Merkel a reflorestar a Alemanha", disse.
A Noruega seguiu a decisão da Alemanha que, no sábado (10), também informou que suspenderá parte do financiamento de proteção ambiental para o Brasil. No mesmo tom adotado contra a Noruega, Bolsonaro sugeriu que a Alemanha refloreste seu próprio país.
"Eu fico surpreso em ver a Ângela Merkel e sua ministra do Meio Ambiente anunciando isso. Como se o país dela fosse algum exemplo para o mundo na questão de preservação ambiental, bem como na geração de energia limpa", disse o brasileiro.
O presidente disse ainda que o interesse dos países europeus não é em ajudar a floresta amazônica, mas em explorar a sua riqueza e exercer soberania sobre ela. Segundo ele, a "imagem péssima" do país no exterior se deve à subserviência a países desenvolvidos.


"A imagem péssima que o Brasil tinha [no exterior] era a subserviência a essas potências. Elas não estão de olho na floresta amazônica, querem a sua soberania e a sua riqueza. Isso eu falo na Câmara dos Deputados desde 1991. Nós, na floresta amazônica, temos coisas que o resto do mundo não tem mais. E o pessoal está de olho nisso", disse.

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