domingo, 18 de agosto de 2019

A CRISE DO GOVERNO BOLSONARO.

Adriano Machado/Reuters
Ameaça de demissão coletiva na Polícia Federal após interferência de Bolsonaro; XP Investimentos condenada a uma multa milionária por operar contra os próprios clientes; Ciro Gomes dispara contra cortes na educação e chama presidente de “idiota”; ministro do Meio Ambiente tem evolução patrimonial investigada pelo MP paulista.

Ameaça coletiva na PF

Delegados de diferentes cúpulas da Polícia Federal pelo país não descartam um pedido de demissão coletiva após a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de intervir na indicação do Superintendente da Polícia Federal no Rio. A ação de Bolsonaro esfacelou de vez o que ainda restava de confiança de delegados da cúpula da PF no presidente. O pedido de demissão coletiva deve ser feito caso o ex-capitão insista na interferência. As críticas contra o presidente são não apenas abertas, como contundentes. Um dos delegados mais prestigiados da corporação, por exemplo, afirmou que a medida seria inédita desde a redemocratização do país, na década de 1980.

XP condenada a multa milionária

A XP Investimentos foi condenada pelo BSM Supervisão de Mercados, órgão autorregulador da bolsa de valores, ao pagamento de uma multa de mais de R$ 10 milhões. A condenação se refere ao uso de algoritmos que favoreciam a empresa em detrimento de seus clientes. Isso configuraria operação contra os próprios investidores.

Ciro dispara

O ex-governador Ciro Gomes (PDT) criticou o corte de verbas da educação promovido pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) e classificou o presidente como “idiota”. Em evento na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, o pedetista criticou a conduta do atual governo em relação ao ensino superior que, segundo ele, está sendo “espancado” pela atual gestão.

Ministro de Bolsonaro na mira do MP

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, virou alvo de um inquérito do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suspeitas de enriquecimento ilícito. Segundo dados que constam das próprias declarações de bens do ministro, seu patrimônio alta de 335% em cinco anos, corrigindo o valor pela inflação. O MP-SP começou a investigar o ministro em julho após uma representação feita por uma empresa chamada Sppatrim Administração e Participações.

“Retrocesso” argentino?

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (17) esperar que a Argentina não retroceda, em referência à possível vitória da chapa formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições deste ano. A referência ao país vizinho foi feita durante um discurso na Academia Militar das Agulhas Negras, em que exaltou os militares e o patriotismo. “Nossa missão é não deixar o Brasil se aproximar de políticas outras que não deram certo em nenhum lugar do mundo. Peçamos a Deus, nesse momento, que a nossa querida Argentina, mais ao sul, saiba como proceder, através de seu povo, para não retroceder. A liberdade não tem preço, estamos prontos para dar a vida por ela", afirmou o ex-capitão. No mesmo dia, o ministro argentino da Fazenda, Nicolás Dujovne, renunciou ao cargo e será substituído por Hernán Lacunza

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