terça-feira, 20 de agosto de 2019

FACÇÕES CRIMINOSAS DO PAÍS SE UNEM CONTRA SÉRGIO MORO.

Brazil's Justice Minister Sergio Moro smiles during his testimony before a House Commission, in Brasilia, Brazil, Tuesday, July 2, 2019. Press reports have accused him of allegedly coordinating with prosecutors, improperly advising them in a case against former President Luiz Inácio Lula da Silva. Moro and prosecutors deny any wrongdoing, but the Brazilian Bar Association has called for the suspension of the minister and others pending an inquiry. (AP Photo/Eraldo Peres)
Portaria assinada por Sergio Moro restringe visitas familiares em presídio e até as proíbe no caso de alguns detentos. 
  • PCC e Comando Vermelho vão à Justiça contestar restrições às visitas em prisões
  • União entre as facções criminosas foi costurada por ONG Anjos da Liberdade
As duas maiores facções do país – PCC e Comando Vermelho – romperam laços em 2016, mas acabam de declarar uma “trégua”. O motivo é a portaria 157, assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em fevereiro deste ano, que impõe restrições às visitas de familiares no sistema penitenciário federal.
Com o objetivo de impedir a comunicação dos presos com o mundo externo, a portaria proíbe o contato físico entre os detentos e seus familiares. Além disso, reforça uma decisão de agosto de 2017 que veta visitas íntimas a quem já foi líder de quadrilha, membro de facção ou que já tentou fugir.
A justificativa é que, durante as visitas, os líderes das facções entregam aos familiares ou advogados bilhetes com ordens para os integrantes de rua.
A união judicial entre as facções é uma trégua pontual, não o fim da rivalidade, de acordo com o promotor Lincoln Gakiya. Ele é integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.
“A guerra continua. Mas houve uma espécie de trégua não declarada com a ida desses chefes paulistas para o sistema penitenciário federal. Como eles estão privados de regalias, a tendência é haver alianças para pressionar o Estado e favorecer os chefes no sistema federal. Eles agem baseados em interesses próprios”

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