quarta-feira, 28 de agosto de 2019

BOLSONARO ENSAIA REAPROXIMAÇÃO COM MILITARES.

BRASÍLIA, DF, 09.08.2019 - Em evento no Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro Augusto Heleno. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - Após jantar com o presidente Jair Bolsonaro, , quatro ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) deixaram o Palácio da Alvorada com uma dúvida: "Como chama aquele general da articulação política?", questionaram, em conversa com a Folha de S.Paulo.
Um deles arriscou um palpite: "Santos, né?", referindo-se ao general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido em junho pelo presidente. A resposta certa era Luiz Eduardo Ramos, que chefia a Secretaria de Governo.
Em governos anteriores, os articuladores políticos do governo costumavam ser rostos conhecidos, mas não depois de mudança instituída pelo presidente na correlação de forças do Palácio do Planalto. 
Na tentativa de afastar a pecha de que é tutelado no cargo, Bolsonaro se distanciou da cúpula militar e diminuiu a influência dos generais palacianos em decisões do governo.
Antes com forte ascendência sobre o chefe do Poder Executivo, o núcleo fardado passou a ser menos ouvido pelo presidente, perder quedas de braço com o grupo ideológico e ser atravessado em decisões administrativas.
Na última quinta-feira (22), com a eclosão da crise ambiental, o presidente alterou a postura e, agora, ensaia uma reaproximação, na tentativa de ganhar respaldo contra a pressão internacional pela série de incêndios na floresta amazônica.
Ao evocar o princípio da soberania nacional, que é caro ao núcleo militar, ele entrou em contato com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e costurou decreto que permitiu o emprego das Forças Armadas na Amazônia Legal

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