sexta-feira, 30 de agosto de 2019

DELEGADA DA POLÍCIA FEDERAL AUTORIZOU GRAMPO ILEGAL.

***FOTO DE ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, 28.06.2016: Fachada da sede da Polícia Federal, em Brasília. 
 - Uma delegada e um agente da Polícia Federal admitiram ter instalado uma escuta dentro da superintendência do órgão em Curitiba, sem autorização judicial, para investigar funcionários da corporação suspeitos de atuar contra a Lava Jato nos primeiros anos da operação.
No entanto, após três anos de apurações sobre a conduta dos dois, apenas o agente foi punido -não pela instalação clandestina do equipamento, mas por ter informado "de forma imprópria" a outros policiais federais sobre o grampo.
A delegada que ordenou o grampo ilegal era a então chefe do NIP (Núcleo de Inteligência Policial) do Paraná, Daniele Gossenheimer Rodrigues, superior hierárquica do agente Dalmey Fernando Werlang, lotado no núcleo.
Vídeos e documentos da Sindicância Investigativa nº 5/2015, que tramitou sob sigilo e investigou o episódio do grampo, foram obtidos pela reportagem. Procurada, a Polícia Federal confirmou que houve a apuração e que foi aplicada a punição ao agente -18 dias de suspensão, em novembro de 2018.
Daniele é casada com o delegado Igor Romário de Paula, que foi integrante da força-tarefa da Lava Jato na PF de Curitiba. Depois que o ex-juiz Sergio Moro se tornou ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, o delegado virou diretor de combate ao crime organizado da corporação, em Brasília. 
Já ela foi designada em maio substituta da divisão antiterrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.
Do fim de 2014 ao início de 2015, quando chefiava o NIP do Paraná, Daniele recebeu informações sobre suspeitas segundo as quais delegados teriam montado um dossiê contra a Lava Jato e pretendiam repassar os dados a advogados que defendiam acusados da operação.

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