quinta-feira, 22 de agosto de 2019

INIMIGOS DE MARCELO ODEBRECHT NA MIRA DA LAVA JATO.

*ARQUIVO*SÃO PAULO, SP. 18.12.2016: Fachada da sede da empresa Odebrecht, na zona oeste de São Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)
- Na 63ª fase da Lava Jato, a Polícia Federal mirou nesta quarta (21) ex-executivos da Odebrecht desafetos do antigo chefe da empreiteira e considerados estratégicos para a descoberta de esquemas de propina ainda desconhecidos.
Baseada em suspeitas de pagamentos destinados ao PT por meio dos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, que comandaram a Fazenda nos governos petistas de Lula e de Dilma Rousseff, a operação prendeu Maurício Ferro, que foi diretor jurídico da Odebrecht, mas que, diferentemente dos principais executivos da construtora, não firmou delação premiada.
Genro de Emilio Odebrecht, Ferro já havia sido acusado pelo cunhado Marcelo Odebrecht de manipulação para se proteger das acusações.
Na casa dele, a polícia afirma ter encontrado quatro chaves de criptografia para acessar informações que podem ser inéditas e relacionadas ao setor de propinas da Odebrecht.
"Era algo que a Lava Jato vinha buscando há anos", afirmou Thiago Giavarotti, delegado da Polícia Federal. "Havia um receio de que, se não houvesse a prisão dessas pessoas e se não fossem encontradas essas chaves, elas poderiam desaparecer", disse Antonio Carlos Welter, procurador da força-tarefa, em relação aos pedidos de prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias.
A força-tarefa diz que houve repasses do grupo Odebrecht ao PT, por meio dos ex-ministros, relacionados à edição das medidas provisórias 470 e 472, que instituíram refinanciamento de dívidas fiscais que beneficiaram empresas do grupo. O Ministério Público Federal afirma que Mantega recebeu R$ 50 milhões.
A Lava Jato também cumpriu mandado de prisão contra Nilton Serson, ex-executivo da construtora, ligado a Maurício Ferro e que estava em viagem nos Estados Unidos --mas ele ainda não era considerado foragido.
A PF realizou ainda dez ações de busca e apreensão, duas na Bahia e oito em São Paulo. Uma delas teve como alvo Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem (petroquímica tida como joia da coroa do grupo Odebrecht), cuja família foi sócia do grupo e acabou em litígio com Marcelo.
A Lava Jato pediu a prisão de Guido Mantega, mas ela foi negada pela Justiça, que determinou, porém, a colocação de tornozeleira eletrônica (leia nesta pág.). Já Antonio Palocci fechou acordo de delação premiada com a PF

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