sábado, 17 de agosto de 2019

SITUAÇÃO DA OI PREOCUPA GOVERNO E MERCADO.

Foto: Diego Herculano/NurPhoto via Getty Images
Foto: Diego Herculano/NurPhoto via Getty Images
A operadora Oi revelou  detalhes sobre a sua situação financeira, e o resultado assustou o mercado e até o governo. A empresa teve prejuízo de R$ 1,55 bilhão no segundo trimestre de 2019.
A dívida também cresceu enquanto a arrecadação diminuiu. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já estuda a possibilidade de intervir na operadora.
Há receio de que a situação da operadora passe dos limites e partes do País fiquem sem os serviços de telefonia da empresa, além da possibilidade de uma empresa gigante quebrar e causar um grande abalo na economia.
Segundo o Estadão, a Anatel já se reuniu duas vezes para tratar do assunto e deve se encontrar com executivos da Oi em breve. O governo Bolsonaro também teria sido envolvido na discussão, de acordo com o jornal.
Se a Oi não der sinais de recuperação logo, a Anatel estuda a possibilidade de tirar da empresa a concessão que ela tem para oferecer telefonia fixa em todo o País, o que é chamado de “declaração de caducidade”.
Os serviços de telefonia móvel e internet não dependem de concessão e, por isso, não podem sofrer interferência do Estado. Em nota, porém, a Anatel negou que exista “possibilidade iminente” de intervenção na Oi.
Nesta sexta-feira (16), questionado se o governo pretendia tirar a concessão de telefonia fixa da Oi, o presidente Jair Bolsonaro não quis responder diretamente. “Nós vamos honrar contratos. Temos que honrar contratos senão o governo perde a credibilidade", comentou.
O agravamento da crise da Oi preocupou não só o governo, mas o mercado. O valor das ações da empresa despencou 17% após a divulgação da possível intervenção estatal.
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em 2017, com uma dívida de R$ 65 bilhões, acumulada após anos de investimentos públicos e privados que não foram capazes de colocar a empresa em pé de igualdade com rivais internacionais que atuam no Brasil

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