sexta-feira, 23 de agosto de 2019

LAVA JATO INVESTIGA EX PRESIDENTE DA PETROBRÁS.

**ARQUIVO** BRASÍLIA, DF, 26-03-2015: A ex-presidente da Petrobras Graça Foster durante depoimento na CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - A Polícia Federal deflagrou  a 64ª fase da operação Lava Jato, que envolve investigações sobre propina paga pela empreiteira Odebrecht. 
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Graça Foster, ex-presidente da Petrobras, e de André Esteves, ex-presidente do BTG Pactual.
As buscas se relacionam a diferentes inquéritos policiais que contaram com as revelações do ex-ministro dos governos petistas Antonio Palocci em acordo de delação premiada.
Nos documentos da Odebrecht, ele é chamado "Italiano". O objetivo da PF é identificar outros beneficiários do dinheiro da planilha denominada "Programa Especial Italiano".
Na quarta-feira (21), a PF prendeu Mauricio Ferro, que era diretor jurídico da Odebrecht. Na casa dele, a polícia afirma ter encontrado quatro chaves de criptografia para acessar informações que podem ser inéditas e relacionadas ao setor de propinas da empresa.
Ao todo, estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo a PF, os crimes abrangem corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, também é objeto dessa fase esclarecer atos de corrupção envolvendo a BTG em um projeto de vendas de ativos da Petrobrás na África. As investigações apontam que o negócio pode ter lesado os cofres públicos em pelo menos US$ 1,5 bilhão, aproximadamente R$ 6 bilhões.
Esta fase é chamada de operação "Pentiti", que significa "arrependidos". O termo faz referência a integrantes de organizações criminosas italianas que, após as prisões, se "arrependeram" e passaram a colaborar com as investigação.
Em maio, reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que o ex-ministro petista Antonio Palocci disse em delação premiada que o banqueiro André Esteves, dono do BTG, deu R$ 5 milhões para cobrir custos da campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência da República, em 2010.
A contrapartida seria o governo petista transformar Esteves no "banqueiro do pré-sal", segundo Palocci disse aos policiais federais em seu acordo de delação. À época, procurado pela reportagem e informado sobre o teor da reportagem, Esteves não quis se manifestar.
Palocci assinou três acordos de delação, dois com a Polícia Federal, de Curitiba e Brasília, e um com o Ministério Público Federal do Distrito Federal. O acordo de Curitiba foi recusado pela Procuradoria e criticado pelo procurador da Lava Jato Carlos Fernando Lima, que o chamou de "acordo do fim da picada". Mais tarde, foi assinado com a Polícia Federal e homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região

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