sábado, 31 de agosto de 2019

GOVERNADOR DE SÃO PAULO DIZ QUE NUNCA MAMOU NO BNDES.

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 03.07.2019: O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), participam da solenidade de passagem do Comando Militar do Sudeste, na capital paulista. (Foto: Aloísio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)
 - Um dia após ser atacado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu a afirmação de que havia "mamado nas tetas do BNDES".
"Nunca precisei mamar em teta nenhuma", respondeu o tucano nesta sexta (30) ao ser questionado sobre o tema durante visita à Alemanha.
Doria é postulante ao Palácio do Planalto em 2022, e Bolsonaro já declarou que é candidato à reeleição. Nesta sexta, o presidente baixou o tom e disse que a crítica a Doria "não é nada pessoal".
Bolsonaro, em live nas redes sociais na quinta-feira (29), disse que Doria comprou avião executivo a juros subsidiados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"João Doria comprou [avião] também. Explica isso aí. Só peixe. Amigão do Lula, da Dilma. Eu vejo o Doria falando de vez em quando 'minha bandeira jamais será vermelha'. É brincadeira! Quando estava mamando lá a bandeira era vermelha com um foiçasso e um martelo sem problema nenhum, né?", disse, encerrando a transmissão na internet com um grito de "ihuuu".
"Não vou entrar nessa polêmica", respondeu Doria nesta sexta. "Essa informação já era pública. Já tínhamos comprado, assim como o Luciano Huck, e não tinha nenhuma caixa preta", disse Doria.
O apresentador de TV, citado por Bolsonaro na mesma transmissão, também é visto como potencial candidato à Presidência em 2022.
Doria reagiu ainda à declaração de que é amigo dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. "Quero Lula e Dilma distantes, se possível do Brasil, até. Que fiquem onde estão, Lula na prisão e Dilma no ostracismo."
Nas últimas semanas, o governador de São Paulo tem feito uma série de críticas indiretas a Bolsonaro, especialmente à nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como embaixador nos EUA, e à retórica do governo em relação às queimadas na Amazônia.
Questionado sobre se Bolsonaro estaria antecipando a campanha de 2022, o governador disse que "não é hora de antecipar a campanha. Continuo focado na administração de São Paulo".
Segundo Doria, o presidente não deve ter tido a intenção de atacá-lo, porque o caso da compra dos jatos "não tem problema nenhum". "Não devolvo a ofensa nem vou entrar dentro dessa linha de confronto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário