Desde que se adotou o regime democrático nas nações civilizadas, a divisão e independência entre os poderes constituídos, sempre foi o fiel da balança para que a liberdade dos povos não fosse ameaçada pelos seus governantes.
O Legislativo aprova as Leis e fiscalizam a sua fiel execução, o Executivo realiza o que está determinado pelas leis e o Judiciário julga as ações dos demais poderes, enquadrando-os dentro dos limites da legalidade.
No Brasil este equilibrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não mais existe pois os chefes dos executivos, de posse da chave do cofre dos recursos públicos, aproveitando-se da fragilidade e dependência dos demais poderes, quanto aos recursos financeiros para se auto administrarem, terminam vergando-os á vontade do detentor do título de chefe do executivo na atualidade e com o consentimento da maioria dos parlamentares, acabam satisfazendo sempre as vontades dos chefetes de plantão.
Agora acabamos de constatar o maior escândalo nacional em matéria de descumprimento das leis, quando ao apagar das luzes do exercício financeiro de 2014, o Planalto envia ao Congresso Nacional , projeto de lei que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentárias em vigor, no intuito de evitar o seu descumprimento que levaria a presidência da república a responder por crime de responsabilidade, alterando a meta do superávit primário, economia necessária para o pagamento dos juros da dívida do governo federal, o que não foi alcançado, pela farra com o dinheiro público que o governo realizou durante todo o exercício de 2014, desrespeitando de peito aberto e de forma escancarada a Lei de Responsabilidade /Fiscal.
E para piorar o mau conceito que o parlamento brasileiro, diga-se deputados e senadores,goza perante o povo, o governo federal antes da aprovação deste famigerado projeto de lei que altera a LDO, permitindo que o governo federal descumpra a meta fiscal do superávit e desobedeça a Lei de Responsabilidade Fiscal, publicou um decreto que CONDICIONA A LIBERAÇÃO DAS EMENDAS PARLAMENTARES para suas excelências, á aprovação do projeto de lei que altera a LDO, fere a L.R.F. , rasga a Constituição Federal e coloca de joelhos os parlamentares que se autodenominam "representantes do povo" já que a não aprovação do projeto, deixariam os senhores parlamentares, de receberem os MAIS DE SETECENTOS MIL REAIS, destinados ás suas emendas e que só serão liberados de aprovado o projeto de lei do governo.
Abre-se um precedente para os outros chefes do executivo, sejam estaduais ou municipais, que doravante poderão deixar de cumprir as leis aprovadas pelo parlamento e sancionadas pelos mesmos, desde que estas não atendam aos seus interesses e no decorrer do exercício do mandato venham a desrespeita-las, bastando enviar um novo projeto de lei aos parlamentos, acenar-lhes com a liberação de dinheiro através das emendas parlamentares, para terem aprovadas todas as proposições que irão tornar legais, o atos ilegais praticados no exercício do mandato executivo.
A confirmar-se tais pretensões, NÃO MAIS EXISTIRÁ LEI EFICAZ NO BRASIL, mergulharemos num oceano de INSEGURANÇA JURÍDICA, e não mais se respeitarão os direitos estabelecidos, que só prevalecerão PELA VONTADE DOS CHEFES DOS EXECUTIVOS, nacional, estaduais e municipais.
Pobre povo brasileiro! Ao votar no deputado ou senador, espera ele que estes lhe defenda e faça valer os seus direitos estabelecidos em Lei.
Doravante, BASTA TER DINHEIRO E O EXECUTIVO ABRIR OS COFRES PARA BENEFICIAR OS PARLAMENTARES, que todos os direitos, todas as leis e toda a segurança jurídica que protege os cidadãos, desaparecerão do cenário político do Brasil, e o povo ficará a mercê de corruptos e corruptores que não lhes têm a menor consideração.
Aprovada a alteração da LDO de 2014 como quer o governo federal, ESTARÁ INSTITUCIONALIZADO O TOMA LÁ ME DÁ CÁ, e o efeito se espalhará por todas as esferas de governos OFICIALIZANDO-SE ASSIM NO BRASIL A MALDITA CORRUPÇÃO.
E viva o povo brasileiro e que Deus tenha piedade de nós!
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