quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ODEBRECHT PAGOU PROPINA A ASSESSOR DO BNDES

A Polícia Federal descobriu um pagamento de US$ 7,6 milhões da empreiteira daOdebrecht para um ex-assessor ligado ao BNDES entre 2010 e 2013, período em que a construtora arrecadou financiamentos bilionários do banco. Essa operação é uma das frentes de investigação da 8ª fase da operação Acrônimo, realizada nesta quinta-feira (15).
Empresa Odebrecht, em São Paulo (Foto: Bruno Cotrim / Frame / Ag. O Globo)
Um dos investigados é Álvaro Luiz Vereda. Sua empresa de consultoria, a DM Desenvolvimento de Negócios Internacionais, fez contrato com a Odebrecht no valor de US$ 7,6 milhões, em julho de 2010. Detalhe: a empresa tinha sido criada meses antes e Vereda não estava nem há dois meses no comando da consultoria. A PF suspeita que estes pagamentos sejam propina.
Vereda já foi assessor da presidência do BNDES, em 2005, assessor especial do ministro da Fazenda, Guido Mantega (2006), e secretário-adjunto na Secretaria de Assuntos Internacionais da Fazenda até 2010.
Esse não é a única frente de investigação da Acrônimo sobre a atuação da Odebrecht dentro do banco. Como ÉPOCA revelou, a PF descobriu uma série de mensagens com códigos para entregas de dinheiro a Benedito de Oliveira Neto, o Bené, que passou a ser delator na Acrônimo. Ele disse que recebia da Odebrecht como propina a Fernando Pimentel, atual governador de Minas e ex-ministro do Desenvolvimento. No total, ele disse que arrecadou e escondeu numa kitnet R$ 12 milhões em dinheiro vivo

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