sexta-feira, 23 de junho de 2017

DELEGADO DA P.F. QUER "PEGAR" MICHEL TEMER

Thiago Delabary (Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles)
O delegado Thiago Machado Delabary, autor do relatório de 72 páginas em que afirma haver indícios de que o presidente Michel Temer cometeu crime de corrupção passiva, tem 12 anos de Polícia Federal. Ele ingressou nos quadros da corporação em meados de 2005, quando o escândalo da vez era o mensalão. Delabary é gaúcho e tem 42 anos de idade.
Antes de ser escolhido para trabalhar em Brasília, no grupo encarregado dos inquéritos da Lava Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), Delabary atuava na Unidade de Repressão de Desvios de Recursos Públicos no Rio Grande do Sul. Em dezembro de 2014, coordenou uma investigação contra um esquema de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura e indústrias de laticínios no Rio Grande do Sul. As propinas variavam de R$ 1.800 a R$ 2.500, para liberar leite e derivados com menos burocracia para empresas do setor.
A missão atual do delegado envolve esquemas mais sofisticados e propinas com alguns zeros a mais. Ele investiga políticos beneficiados pelos bilhões de reais desviados da Petrobras e de outros órgãos públicos. Elogiado por colegas pela discrição e firmeza na condução dos trabalhos, Delabary discordou da Procuradoria-Geral da República (PGR) em alguns pontos. O policial indiciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sob protestos da procuradoria. A PGR recorreu ao Supremo por entender que a PF não tem poderes para indiciar autoridades com foro, mas o ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato, encerrou o assunto porque já havia denúncia contra a parlamentar, algo de maior gravidade. Delabary também discordou da PGR em relação à proposta de arquivar um inquérito contra o senador Anastasia (PSDB-MG)

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