quinta-feira, 3 de agosto de 2017

OS SINAIS DE TRAIÇÃO DA BASE ALIADA DE TEMER

Ed Alves/CB/D.A Press

Os números da vitória do presidente Michel Temer no plenário da Câmara, na noite de ontem, são mais significativos do que o resultado em si. Enquanto os mais conservadores no Planalto esperavam pelo menos 280 votos favoráveis, os mais otimistas, como o deputado Beto Mansur (PRB-SP), estimavam mais de 300 sinalizações de apoio. O governo chegou a 263 votos e, agora, com o mapa dos votos na mão, poderá punir os traidores. Entre as legendas da base, 88 deputados votaram contra o presidente, desses, seis são do próprio PMDB, que ameaçou os parlamentares com perda de cargos, de espaços e até da expulsão do partido.


O racha no PSDB ficou explícito no placar. Dos 47 parlamentares, 22 votaram a favor do chefe do Executivo. O número corresponde a menos da metade dos deputados tucanos. Por outro lado, 21 votaram contra e outros quatro não participaram da sessão. Entre eles, a deputada Shéridan (RR) já declarava que não apoiaria Temer, e Eduardo Barbosa (MG) não compareceu à Câmara porque a mulher morreu.

O líder da bancada tucana, Ricardo Trípoli (PSDB-SP), que orientou os parlamentares a votarem pela admissibilidade da denúncia, afirmou não saber ainda como ficará a relação com Michel Temer. “A situação é individual para cada deputado. O partido tomou uma posição, mas nem todos a seguiram”, disse. Ainda segundo ele, nos ministérios, hoje ocupados por correligionários, também não há ingerência. “Não é assim que funciona. Quando se assume uma pasta, torna-se ministro. É com eles.

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