- Manifesto em defesa do ex-presidente petista inclui uma professora citada por Deltan como referência em estudo contra corrupção
- Lula está preso desde abril de 2018 na carceragem da PF, onde cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção
Citando “práticas ilegais e imorais” de nomes da Operação Lava Jato, um grupo de 17 juristas, advogados, ex-ministros da Justiça e ex-membros de cortes superiores de oito países publicou um texto conjunto no qual pede ao STF (Supremo Tribunal Federal) a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a anulação de processos a que ele responde na Justiça.
Lula está preso desde abril do ano passado na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção.
De acordo com a jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, para o grupo, o escândalo proveniente do vazamento de mensagens de Telegram trocadas entre o coordenador da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, e o então juiz que condenara Lula, Sergio Moro – agora ministro da Justiça -, “estarreceram todos os profissionais do direito”.
“Ficamos chocados ao ver como as regras fundamentais do devido processo legal brasileiro foram violadas sem qualquer pudor”, escreveram.“Num país onde a Justiça é a mesma para todos, um juiz não pode ser simultaneamente juiz e parte num processo.”
Para os juristas e advogados, “por causa dessas práticas ilegais e imorais, a Justiça brasileira vive atualmente uma grave crise de credibilidade dentro da comunidade jurídica internacional”.
Os integrantes do manifesto são de oito países: França, Espanha, Itália, Portugal, Bélgica, México, EUA e Colômbia.
Uma das signatárias é a professora Susan Rose-Ackerman, que leciona jurisprudência na Universidade de Yale, nos EUA. Considerada uma das maiores especialistas do mundo em combate à corrupção, ela já teve entrevistas recomendadas por Dallagnol, o qual costumava apresentar a professora em redes sociais como “maior especialista mundial em corrupção e seu controle”.
Marido dela, Bruce Ackerman também assina o documento. Ele foi professor do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, em Yale. São amigos há 30 anos e já foi convidado pelo ministro a participar de um seminário no Brasil sobre democracia, corrupção e justiça
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