sábado, 20 de setembro de 2014

MÉDICOS CUBANOS ESTÃO PARADOS NO D.F. A ESPERA DE TRABALHO


Há cerca de um ano, médicos cubanos foram recebidos no país: 30 abandonaram a iniciativa e 99 estão afastados ( Monique Renne/CB/D.A Press)
Há cerca de um ano, médicos cubanos foram recebidos no país: 30 abandonaram a iniciativa e 99 estão afastados


Médicos de Cuba estão há cerca de duas semanas hospedados em um hotel de Brasília à espera de serem alocados em outros municípios pelo Ministério da Saúde. No total, 129 profissionais da ilha foram convocados para substituir cubanos que saíram definitivamente ou temporariamente do Mais Médicos, segundo a pasta. Desde que o programa foi lançado, no ano passado, 30 cubanos desistiram da iniciativa e outros 99 estão de licença por motivos pessoais ou de saúde. Do grupo que chegou este mês, apenas uma parte foi levada às cidades onde vão trabalhar. Cerca de 90 ainda estão no hotel. A pasta não informou para quantos e quais municípios eles serão enviados.


A diária no local onde eles estão hospedados custa mais de R$ 400 para um quarto duplo durante a semana. E, além do hotel, há gastos com transporte e alimentação. O gasto é bancado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que tem um termo de cooperação com o ministério para trazer os profissionais e recebe do governo o dinheiro para custear as despesas. Desde agosto de 2013, quando o programa começou, já foram previstos repasses de mais de R$ 2 bilhões para Opas, sendo mais de R$ 1 bilhão já pagos. Além dessas e outras despesas, o valor serve para o pagamento de R$ 10 mil à Cuba por cada médico da cooperação.


Pessoas ligadas à iniciativa dizem que a demora para alocá-los seria porque a pasta ainda não teria definido os municípios onde eles atuarão e teria cogitado substitui-los por brasileiros. O Ministério da Saúde, entretanto, garante que apenas cubanos serão trocados e que já se sabe para qual cidade eles vão. O acordo com a Opas prevê a substituição de profissionais cubanos somente por médicos da cooperação quando há desistências.

De acordo com a pasta, até o meio da próxima semana, os médicos serão levados até as cidades vão trabalhar. O motivo de eles estarem até hoje hospedados no hotel, segundo o ministério, são pendências burocráticas, como a emissão de visto e a abertura de conta corrente. Quando chegarem ao municípios, os gestores locais ficam responsáveis pelo custeio da moradia dos profissionais
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