terça-feira, 30 de setembro de 2014

MARINA SOFRE SUCESSIVAS QUEDAS NAS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES


Após o fenômeno eleitoral Marina Silva (PSB), que apareceu encostada na presidente Dilma Rousseff (PT) logo nas primeiras pesquisas divulgadas depois da tragédia que vitimou o então candidato do PSB, Eduardo Campos, em 13 de agosto, a socialista apresenta agora um quadro consolidado de queda. Na avaliação de cientistas políticos, há dois motivos básicos para a retração de Marina detectada na reta final da campanha: ataques intensos dos adversários sem ter tempo de televisão para se defender e recorrentes recuos durante a corrida presidencial, o que evidenciou a fragilidade da candidatura. No último levantamento do instituto Datafolha, divulgado na sexta-feira, a candidata continua descendo a ladeira. Perdeu três pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Viu a presidente Dilma abrir uma vantagem de 13% e diminuir para 9% a distância do candidato Aécio Neves, que chegou a ser de 20 pontos percentuais no início de setembro.

A campanha tucana agora aposta todas as fichas nesta reta final para tentar uma virada histórica a uma semana do primeiro turno. A ordem é intensificar ainda mais a artilharia contra Marina. A partir desta semana, Aécio vai insistir na fragilidade da equipe “marineira” e na insegurança do PSB ao apresentar as propostas de governo. Na outra ponta, a campanha petista manterá a mesma pisada. O objetivo é reforçar a ideia de que Marina Silva diz uma coisa num dia e recua no outro. Os principais alvos, segundo o PT, são as mudanças de ideia em relação a temas como transgênicos, pré-sal e revisão da Lei da Anistia.

No fim de agosto, após comemorar ótimo desempenho nas pesquisas eleitorais, a ex-ministra sofreu o primeiro escorregão na corrida pelo Palácio do Planalto. Um dia depois de lançar programa de governo em que defendia a aprovação de projetos e emendas constitucionais que assegurassem o casamento civil entre homossexuais, a campanha da candidata recuou. No novo texto, após pressão de setores evangélicos, o programa passou a não defender alterações na legislação. Ressaltava apenas a garantia “de direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”, o que já tinha sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também foi suprimido o trecho em que o PSB fazia menção à aprovação da PLC 122/06, que torna crime a homofobia

Nenhum comentário:

Postar um comentário