A decisão de transferir o ex-presidente Lula de Curitiba para o presídio de Tremembé, no interior paulista, surpreendeu todo o país na manhã desta quarta-feira (07). A dona da determinação de transferência para São Paulo é a juíza substituta da 12ª Vara Federal de Curitiba, Carolina Moura Lebbos.
A fama de Lebbos é de ser severa e implacável quando está com o processo em mãos. Aos 35 anos, ela ficou encarregada de todos os processos do titular da Vara, Danilo Pereira Junior, que foi designado para substituir um desembargador. A atuação de Lebbos tem tentado minar ações petistas que visem a uma maior repercussão dos momentos de Lula em Curitiba
Dezesseis dias depois da prisão do petista, a juíza negou o pedido do PT para que uma comitiva de deputados fosse averiguar as condições em que se encontrava o ex-presidente. Lebbos alegou que não havia nenhuma violação de direitos humanos na Superintendência da PF na capital paranaense.
Desde que assumiu o processo de Lula, condenado a doze anos de prisão no caso do triplex do Guarujá, Lebbos negou um mar de solicitações de visita ao ex-presidente.
Em 25 de abril, Lebbos enfrentou uma de suas maiores polêmicas. Ela negou o pedido para que Lula fosse atendido em caráter de urgência por dois médicos. Posteriormente, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, disse que "negar assistência a Lula é crime a humanidade".
Depois da repercussão e da justificativa da defesa de que Lula precisaria de atenção médica para tratar da hipertensão, Lebbos voltou atrás e permitiu que os médicos pudessem entrar sempre que preciso.
Até a manhã desta quarta-feira (07), a decisão mais polêmica de Lebbos foi a proibição de Lula de conceder entrevistas. A medida da juíza causou revolta nos integrantes do PT, que afirmaram ver censura no tratamento ao ex-presidente
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