domingo, 11 de agosto de 2019

PCC CONTROLAVA FINANÇAS DENTRO DA CADEIA.

 CRIME-ORGANIZADO - Movimentação em frente à sede da Polícia Federal, na Lapa (zona oeste de SP), nesta sexta-feira. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa coordenada pela Polícia Federal, deflagrou na manhã desta sexta-feira (9) a operação Caixa-Forte de combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). (Foto: Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Folhapress)
 - A Operação Caixa-Forte, desencadeada nesta sexta-feira (9) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, em quatro estados, identificou o responsável pela contabilidade do tráfico de drogas do PCC (Primeiro Comando da Capital) e bloqueou 45 contas usadas para lavar dinheiro do grupo criminoso. 
O homem, que está preso há cerca de três anos em Piraquara (PR), foi identificado como mentor da Geral do Progresso, nome dado ao setor do PCC responsável por contabilizar e lavar o dinheiro do tráfico de drogas. 
Era ele quem fornecia as contas bancárias onde os depósitos deveriam ser feitos e conferia através de dados -data, hora, valores- enviados por aplicativos de mensagem no celular. Segundo a Polícia Federal, ele registrava os dados em tabelas de papel e depois os repassava, por telefone, para assessores que digitalizam tudo fora da cadeia.
"Esses valores eram depositados em depósitos fracionados. Valores depositados em pequenas quantidades, R$20, R$30, R$ 50, que antes de chegar ao montante de R$ 10 mil, eram sacados ou transferidos para outras contas, até que esse dinheiro pudesse chegar à sintonia final do PCC", diz o delegado Alexsander Oliveira, coordenador da Ficco. 
A "sintonia final" é o escalão mais alto da organização criminosa, abaixo apenas do chefe máximo do PCC, Marco Camacho, o Marcola. A estimativa é que 22 integrantes estejam neste nível do grupo. 
As contas utilizadas para lavagem de dinheiro pertenciam a pais, mães ou cônjuges de integrantes da facção. Depois de sacados, os valores eram depositados em outras contas ou guardados em residências.
A operação conseguiu identificar 45 contas, que movimentaram R$ 7 milhões em nove meses.

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