terça-feira, 28 de outubro de 2014

CONGRESSO TÊM FILA DE CASSAÇÕES PARADA

Os deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Rodrigo Bethlem
BERLINDA – Da esq. para a dir. os deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Rodrigo Bethlem (Rodolfo Stuckert/Rafael Andrade/Folhapress)
Depois de um longo período adormecido pela Copa do Mundo e pelas eleições, o Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta terça-feira ainda com a velha composição – e as mesmas pendências. Na contramão das manifestações populares, que pediam a renovação do Legislativo, metade dos parlamentares conseguiu a reeleição. Enquanto a campanha se desenrolou, três deputados flagrados em esquema de corrupção – André Vargas (Sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) – seguem impunes, uma CPI para investigar o pagamento de propina em contratos da Petrobras está enterrada no Senado e a outra, mista e com a mesma finalidade, continua manipulada pelo Palácio do Planalto. 
A CPI composta por senadores governistas não funciona desde julho, quando foi revelada a farsa montada para ajudar os depoentes, que recebiam de petistas e assessores do governo um “gabarito” com as perguntas que seriam apresentadas. Já a CPI mista, com deputados e senadores da base e da oposição, ainda tenta um último fôlego antes de ser encerrada, mas é mantida sob o controle do governo – durante as eleições, o Planalto atuou para barrar depoimentos que comprometessem a então candidata Dilma Rousseff. Nomes como o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-ministro Antônio Pallocci foram blindados e dificilmente irão parar na tribuna do colegiado. Vaccari é acusado pelo doleiro Alberto Youssef de ser a ponte para levar o dinheiro da propina da Petrobras ao partido, e Pallocci, de acordo com o ex-diretor Paulo Roberto Costa, havia recebido o dinheiro da corrupção durante a campanha da presidente Dilma em 2010.

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