quarta-feira, 22 de maio de 2019

ANISTIA INTERNACIONAL DENUNCIA JAIR BOLSONARO.

Jair Bolsonaro 
O governo do presidente Jair Bolsonaro implementou em cinco meses medidas que ameaçam os direitos humanos no Brasil, como a flexibilização do porte de armas, políticas relacionadas às comunidades indígenas e o controle das ONGs, denunciou nesta terça-feira (21) a Anistia Internacional (AI).
"Lamentavelmente, a retórica contrária aos direitos Humanos está se transformando em política oficial", declarou em coletiva de imprensa em Brasília Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.
O informe "Brasil para o mundo", apresentado nesta terça, expressa as preocupações da AI após a chegada ao poder, em janeiro, de Bolsonaro, capitão do Exército que ao longo de sua carreira expressou declarações polêmicas a respeito da tortura de opositores durante a ditadura militar (1964-1985).
A entidade se concentrou em oito temas que incluem a flexibilização da posse e do porte de armas, o pacote de leis anticrime do governo Bolsonaro que ainda precisa ser aprovado, a política de controle de drogas, a demarcação das terras indígenas e quilombolas, a retórica sobre os Direitos Humanos e a liberdade de expressão.
Werneck disse que a delegação da AI pediu uma audiência com Bolsonaro, mas o presidente respondeu que não a receberá e aconselhou a organização a se dirigir à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Uma nota conjunta desta pasta e da chancelaria rejeitou durante a tarde as alegações da AI. O documento destaca que o governo "buscará o diálogo" com a Anistia e com outras organizações para demonstrar que nenhuma das afirmações condiz com a atual política.
Não há qualquer evidência de que as acusações tenham sido fundamentadas em dados ou eventos concretos.
Segundo a AI, a flexibilização da posse e do porte de armas, impulsionada pelo presidente, "pode contribuir com o aumento do número de homicídios" em um país que em 2017 registrou pouco menos de 64.000 assassinatos, quase 31 para cada 100.000 habitantes.
Essa taxa é o triplo do nível considerado pela ONU como de violência endêmica

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