terça-feira, 14 de maio de 2019

DELATOR CITA RODRIGO MAIA COMO RECEBEDOR DE PROPINAS

Brazil's President of the Chamber of Deputies Rodrigo Maia, looks on during a a congressional hearing before the key vote by the lower house on whether to suspend President Michel Temer and put him on trial over an alleged bribery scheme, in Brasilia, Brazil, Wednesday, Oct. 25, 2017. This is the second time Temer faces such a vote and is one more in a litany of scandals that have dogged his presidency since he replaced President Dilma Rousseff, who was impeached and removed from office last year. (AP Photo/Eraldo Peres)
O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, homologou acordo de delação premiada assinado entre o empresário Henrique Constantino, sócio da companhia aérea Gol, e o Ministério Público Federal. Entre os citados estão o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA).
Em um dos dez anexos da delação que tratam de fatos supostamente criminosos, Constantino relatou pagamentos de propina a operadores e políticos do MDB para obter recursos da Caixa Econômica Federal e do fundo de investimentos do FGTS, gerido pelo banco -informações relacionadas às operações Cui Bono e Sépsis, da Procuradoria no Distrito Federal.
Em outro anexo, de número 7, o delator falou de "benefício financeiro" a parlamentares ou ex-parlamentares por meio da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
Os políticos mencionados nesse caso são Rodrigo Maia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-ministro Bruno Araújo (PSDB-PE), o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) e os ex-deputados Marco Maia (PT-RS), Vicente Cândido (PT-SP), Edinho Silva (PT-SP) e Otávio Leite (PSDB-RJ).
Os detalhes do suposto benefício financeiro para esses políticos estão sob sigilo.
Constantino foi denunciado à Justiça Federal em Brasília em outubro passado sob acusação de pagar R$ 7 milhões de propina em troca de financiamento de R$ 300 milhões para a Via Rondon Concessionária, do Grupo BR Vias, e de mais R$ 50 milhões para a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A.
Junto com Constantino foram denunciados Cunha e Geddel, que hoje estão presos. O empresário disse ter feito repasses ilícitos por meio de contratos fictícios com empresas do operador Lúcio Funaro, que também é delator.

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