terça-feira, 28 de maio de 2019

EX JUÍZA CORRUPTA VIVE PRIVILÉGIOS NA PRISÃO.

Arquivo/Folhapress
Arquivo/Folhapress
Condenada em 2016 a seis anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, a ex-juíza federal Maria Cristina de Luca Barongeno cumpre pena desde março deste ano no presídio feminino de Tremembé, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo.
A prisão no interior paulista concentra criminosos sob risco de morte em unidades prisionais padrão, como Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais, e Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte de Isabella Nardoni.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região havia decretado a sua aposentadoria compulsória em 2009, mas ela recorreu em liberdade.
Trata-se do terceiro magistrado a cumprir pena a partir de fatos revelados pela Folha de S.Paulo desde 1999, quando a corrupção no Judiciário foi definida como uma das prioridades nas investigações jornalísticas.
Maria Cristina foi investigada na Operação Têmis, que desbaratou, em 2007, uma quadrilha de advogados e empresários que negociava a venda de sentenças para burlar o fisco. A magistrada foi acusada de receber um veículo que pertencia a um dos advogados.
Em 2016, o TRF-3 determinou a perda do cargo e a prisão dela em regime inicial semiaberto. Com isso, ela pode trabalhar durante o dia, em uma colônia agrícola, e retornar ao presídio à noite.
Dois anos depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, indeferiu pedido para suspender a decisão do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, que determinara o início imediato da execução provisória da pena.
O último recurso contra a prisão foi rejeitado pelo STJ em fevereiro deste ano. A partir de então, a Polícia Federal fez várias buscas nas fazendas da família dela em Mato Grosso do Sul. Um mês depois, ela se apresentou à Polícia Federal, em São Paulo.
Então titular da 23ª Vara Federal Cível, Maria Cristina havia sido denunciada sob a acusação de agir em cumplicidade com advogados -entre os quais seu pai, Joaquim Barongeno. Ela proferia sentenças favorecendo empresas com dívidas milionárias junto à Fazenda Pública e à Previdência Social

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