domingo, 26 de maio de 2019

ATAQUES AO CONGRESSO AFUNDA GOVERNO BOLSONARO

AP Photo/Eraldo Peres
Em uma semana com ataques ao Congresso e convocatórias para manifestações pró-governo rejeitadas por correligionários, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) viu, nesta sexta-feira (24), seu “ministro carro-chefe”, Paulo Guedes, anunciar a possibilidade de renúncia no caso da aprovação de uma reforma da Previdência com pontos distantes daqueles que constam no projeto enviado por sua equipe econômica.
Cada episódio de desgaste entre Planalto e congressistas é encarado como “uma lasca a menos na tábua de salvação” do governo que é a reforma previdenciária, como avaliou o pesquisador e sociólogo da USP (Universidade de São Paulo), Alcides Perón.
“Se você imagina a reforma da Previdência como uma tábua em que o governo se mantem flutuando, pensa que a cada ataque dele (Bolsonaro), a cada tumulto, a cada ação de sua máquina de seguidores e de seus filhos, cada vez que ele faz isso é como se retirasse uma lasca dessa tábua de salvação”, comparou Perón.
A sequência de críticas e desgastes protagonizado pela rede bolsonarista citada pelo pesquisador abrange, por exemplo, a divulgação dos textos apócrifos nos quais o presidente diz ser impossível governar o País “sem os conchavos” necessários.
Para Perón, um dos sintomas do enfraquecimento do poder político do Planalto com Câmara, Senado e sociedade civil organizada é o distanciamento dos parlamentares do PSL e de grupos tradicionalmente aliados do ex-capitão do Exército das manifestações pró-governo, marcadas para este domingo (26)

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