terça-feira, 21 de maio de 2019

MÃE EXPLICA "L" DO FILHO PARA BOLSONARO.

Enquanto cerca de 25 alunos sorriem ao lado do presidente, dois fazem um L com os dedos, em referência ao slogan
Enquanto cerca de 25 alunos sorriem ao lado do presidente, dois fazem um L com os dedos, em referência ao slogan "Lula Livre". (Foto: Reprodução)
A viagem de alunos do Colégio Bandeirantes que terminou com fotografia ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no sábado (20) fazia parte de uma atividade realizada todo ano desde 2013 pela escola, uma das mais tradicionais de São Paulo. O encontro com o presidente, no entanto, pegou pais de surpresa.
Assustada com a repercussão, parte das famílias contrárias ao presidente foi ao aeroporto prestar apoio à minoria de estudantes que se posicionou contra ele no encontro no Palácio da Alvorada.
O episódio ocorreu na noite de sábado (18), quando Bolsonaro foi à portaria da residência para cumprimentar o grupo de estudantes do Bandeirantes que, de longe, gritava "ô Bolsonaro, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver".
Ao chegar perto dos alunos, ele perguntou-lhes sobre as manifestações contra os cortes de verba na educação que ocorreram em mais de 170 cidades na última quarta-feira (15). "E esse movimento do pessoalzinho aí que eu cortei verba, o que vocês acharam?"
"Um lixo. A gente é estudante de verdade. A gente estuda", respondeu um dos alunos da escola, que tem mensalidade na faixa dos R$ 3.000.
"Contingenciamento", disse um outro aluno, após Bolsonaro falar em corte, evocando o argumento do governo de que se trata apenas de um bloqueio que pode ser revertido.
O presidente recebeu deles uma camisa da Seleção brasileira. Em nota, o Bandeirantes informou que a viagem a Brasília é realizada há seis anos.
"Acompanhados de professores de história e geografia, os alunos têm a oportunidade de conhecer o Palácio da Alvorada, o Senado e a Catedral Metropolitana de Brasília", diz o texto. Ainda segundo o comunicado, "para a surpresa da equipe pedagógica e dos próprios jovens, pela primeira vez um presidente da República recepcionou-os de forma não programada e casual"

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