domingo, 12 de maio de 2013

NO PIAUÍ MAIOR ACERVO ARQUEOLÓGICO DO BRASIL.



Parecia um tour exclusivo. Em abril, a reportagem visitou durante quatro dias o parque nacional da serra da Capivara, no Piauí, e só cruzou com um turista (isso mesmo, no singular) uma vez.
Sorte? Não exatamente. Essa época é considerada baixa temporada e, além disso, eram dias de semana. Dados oficiais, no entanto, mostram que a visitação ainda é baixa.
Em 2012, 11.655 pessoas passaram pelo parque, sendo estudantes da região a maior parte delas. Vindos de fora do Nordeste, foram apenas 1.500 visitantes.
Para efeito de comparação, o sítio arqueológico de Tulum, no México, também de grande importância histórica, recebeu 1,2 milhão de visitantes no mesmo período.

Piauí»


Abrigo com pinturas rupestres no parque nacional da serra da Capivara.
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Por que, afinal, é tão baixa a visitação à mais relevante área arqueológica do Brasil?
A principal hipótese é a dificuldade de acesso para quem vem de fora do Piauí. De São Paulo, o viajante precisa combinar trecho aéreo com escala e estrada, num total de dez horas de viagem.
Não é fácil chegar, mas quem se aventura raramente se arrepende desta viagem à Pré-História.
MAIS SERRA DA CAPIVARA
Estudos apontam a presença do homem há cerca de 50 mil anos. Os vestígios são resultado de escavações lideradas pela arqueóloga Niède Guidon na década de 70, quando foram encontradas ferramentas que evidenciaram a presença mais antiga do homem nas Américas.
Desde então polêmicos, os trabalhos ganharam maior aceitação décadas depois, durante apresentação em um simpósio no Piauí em 2006.
Formado por quatro serras, o parque tem como cartão-postal o sítio Boqueirão da Pedra Furada, com mais de mil pinturas rupestres. Estão ali, a poucos metros da parada de carro. Acesso facílimo.
Mas nem tudo é sombra, água fresca e trilhas planas. Para ver algumas das pinturas rupestres descritas nesta edição, será preciso encarar o calor de até 45ºC e subir em paredões íngremes.
Em suma, é preciso suar a camisa.

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