segunda-feira, 13 de maio de 2013

SOBRAM CANDIDATOS AO GOVERNO DA BAHIA.


Após os indicativos que o PR, recém chegado oficialmente à base de apoio ao governador Jaques Wagner, tem interesse em participar da chapa majoritária de 2014, o quebra-cabeças para essa composição ficou ainda mais complexo. Do leque de partidos que suporta Wagner na Bahia, quatro deles PT, PSD, PP e PDT já manifestaram o desejo de uma vaga na chapa e o somatório de interessados não bate com o número disponível, três: governador, vice e senador. Nesse tabuleiro de xadrez, cada um defende as próprias prioridades.
Partido do governador, o PT detém a vaga mais assegurada entre os cinco. E, possivelmente, encabeçará a chapa, com o candidato a governador – atualmente com quatro nomes postos, Rui Costa, José Sérgio Gabrielli, Walter Pinheiro e Luiz Caetano. Mesmo que o favoritismo seja tratado como preferência e não comoexclusividade, o presidente estadual da sigla, Jonas Paulo, não fala em finalizar as tratativas. “Não há sinal de definição. Ocorre um aprofundamento do processo e a discussão nos bastidores”, sinalizou o petista, em referência ao afunilamento do processo de escolha do candidato da legenda em 2014.
Jonas Paulo, porém, não trabalha com a hipótese de acirramento dos ânimos entre os aliados. “Não vejo sinal de estremecimento. Minha conversa me deixou muito tranquilo para a composição da chapa de 2014”, relatou. Segundo ele, existem critérios a serem adotados quando no momento do afunilamento do processo. “Os partidos e os nomes com mais representatividade, com mais densidade eleitoral serão avaliados pelo condutor do processo, o governador Jaques Wagner. E com certeza será analisada ainda a capilaridade política, geográfica e social de cada um”, explicou o dirigente.
É baseado na preconização de critérios objetivos que o PP constrói a perspectiva de compor a chapa majoritária nas eleições do próximo ano. Para o presidente estadual dos progressistas, deputado federal Mário Negromonte, é clara a existência de uma ordem de preferência ancorada na densidade eleitoral apresentada pelos partidos nas últimas eleições. “O primeiro é o PT, o segundo é o PSD e o terceiro é o PP”, sugeriu Negromonte, completando a lista com o PDT, que possui o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, como pré-candidato ao governo. “Tem que ter regra. Mais densidade eleitoral, aqueles que foram aliados de primeira hora. O governador deve criar algumas regras e a gente já teve sinalização dele que o PP deve ter uma vaga na majoritária”, avaliou.
O progressista revela ainda que o partido possui uma vaga mais cobiçada. “Se o PSD pedir a vice, a gente quer o Senado. Se o PSD quiser o Senado, a gente quer a vice. Mas a preferência nossa é para o Senado”, afirmou Negromonte, que se apresenta como postulante para essa vaga. Ele, entretanto, adota uma postura bem comedida com relação ao processo de formação da chapa majoritária de 2014. “Se todo partido da base quiser fazer parte da majoritária, precisaríamos de umas três chapas para colocar todos. Primeiro vamos ajudar o governador a terminar bem o seu mandato”, defendeu o parlamentar.
PSD, PDT e PR também querem espaço
Assim como o PP, o PSD já possui uma vaga preferencial na composição de 2014. Segundo partido mais robusto do ponto de vista de cacife eleitoral a partir do pleito de 2012, os social-democratas defendem o nome do presidente estadual da sigla e vice-governador, Otto Alencar, para ocupar a vaga de senador na chapa majoritária do próximo ano. Alencar indicou, em diversas oportunidades, que vai acatar a decisão do governador Jaques Wagner, mas que deseja ocupar agora uma cadeira no Senado Federal – ele já foi vice-governador em duas oportunidades e governador-tampão à época do carlismo.
Na última vez que se manifestou publicamente sobre o assunto, o vice-governador frisou sua fidelidade ao grupo, mas também não colocou sua candidatura ao Senado como uma situação irreversível. Nos bastidores, entretanto, seu nome é apontado como forte concorrente e aliados políticos arvorem para que ele seja candidato até mesmo ao governo da Bahia. O nome de Alencar é inclusive celebrado pela oposição, que poderia viabilizar um apoio dos antigos aliados do PFL, hoje DEM, com a base do governo estadual.
No caso do PDT, a briga, por enquanto, é pessoal. O deputado Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa, busca se viabilizar enquanto candidato a sucessão do governador Jaques Wagner e não nega que seu objetivo é a vaga de governador na chapa majoritária em 2014. “O candidato dele será aquele que tiver as melhores condições políticas. Estou tentando me viabilizar. Só quero ser governador porque conheço o sofrimento do povo, já vi o cidadão passando fome e passando sede. O povo é que sabe onde o calo dói. Eu estou convencido que serei o candidato do governador Jaques Wagner”, enfatizou Nilo recentemente em entrevista a rádio CBN.
Os pedetistas, entretanto, colocam a candidatura de Nilo como partidária e aguardam um posicionamento mais independente do correligionário. No bojo do debate, no entanto, o dirigente do legislativo baiano desponta como pré-candidato.
Último a desembarcar na lista dos partidos desejosos de compor a majoritária, o PR teve como porta-voz o novo presidente estadual da sigla, deputado federal José Rocha.

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