quinta-feira, 16 de março de 2017

NÃO DÁ PRA CONFIAR NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Meirelles
Meirelles apresenta projeções para a Previdência na Câmara dos Deputados, na terça-feira 14

Para justificar para a draconiana reforma da Previdência, que ampliará o contingente de trabalhadores sem proteção na velhice, o governo ampara-se em projeções catastrofistas. Em novembro de 2016, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que as despesas previdenciárias no Brasil atingiriam 17,5% do PIB em 2060 com as regras atuais. “Há risco de ter Previdência insolvente em alguns Estados já, e não daqui a dez anos”, vaticinou o chefe da equipe econômica de Michel Temer.
Mas quão confiáveis são as previsões do governo para um período superior a quatro décadas? Na avaliação de um renomado time de especialistas, baixíssimas, quase nulas. O livro A Previdência Social em 2060: as inconsistências do modelo de projeção atuarial do governo brasileiro, recém-lançado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Plataforma Política Social, expõe uma série de imprecisões nos cálculos feitos pelo governo federal ao longo dos últimos 15 anos, além de revelar as falsas premissas utilizadas pela gestão Temer para calcular o déficit do setor.
 

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