segunda-feira, 24 de julho de 2017

APÓS AUMENTO DE IMPOSTOS TEMER PEDE APOIO Á FIESP

Daniel Teixeira/Agência Estado


O aumento de impostos no país trouxe um inconveniente para o presidente da República: o enfraquecimento da relação com empresários brasileiros. Sem o apoio, a governabilidade de Michel Temer, já tumultuada pela denúncia de corrupção passiva do Ministério Público Federal, pode despencar de vez. Por isso, o peemedebista passou o fim de semana em reuniões e encontros fora da agenda, um deles com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. O convite veio depois de a Fiesp emitir nota na qual afirmou estar “indignada” com o aumento de impostos. Logo após o anúncio da equipe econômica, a federação inflou o famoso pato amarelo em frente à sede em São Paulo. O boneco virou símbolo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A meta fiscal para o governo federal é de R$ 139 bilhões. Para não alterá-la, foi dado aumento de PIS-Cofins para as alíquotas máximas sobre gasolina, diesel e álcool. A expectativa é de arrecadar R$ 10,4 bilhões a mais com o tributo. Skaf criticou a decisão e chegou a afirmar que a medida não era a mais adequada para o momento. Dois dias depois da declaração, ele foi convidado a encontrar Temer, ontem, em São Paulo. Na mesma ocasião, estavam presentes o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o economista e ex-ministro Delfim Netto e o advogado Antônio Cláudio Mariz, à frente do caso em análise na Câmara dos Deputados contra o presidente. O grupo traçou estratégias para evitar maiores desgastes depois do peso a mais na carga tributária

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