segunda-feira, 31 de julho de 2017

VOTAÇÃO DA DENÚNCIA CONTRA TEMER NA RETA FINAL

A dois dias da votação que poderá definir se o presidente Michel Temer segue ou não no comando do país, o Planalto garante que tem entre 260 e 280 votos para arquivar a denúncia de corrupção passiva contra o peemedebista. O número necessário são 172. E quer aproveitar esse número como base para provar que o peemedebista não ficará paralisado até dezembro de 2018. Segundo os governistas, quem vota alinhado ao Executivo também apoia a Reforma da Previdência. O resultado, então, serviria como termômetro para medir o patamar mínimo de apoio às mudanças nas regras de aposentadoria.

Antes da crise deflagrada pela delação do empresário Joesley Batista, no dia 17 de maio, os estrategistas palacianos calculavam que tinham aproximadamente 300 votos favoráveis à reforma da Previdência. O texto-base havia sido aprovado na Comissão Especial e os planos eram de conseguir pelo menos mais 50 votos para dar uma margem de segurança para a aprovação da matéria. A conversa entre o dono da JBS e Temer, no Palácio do Jaburu, fritou todas as contas políticas.

Tudo no governo passou a ser concentrado no esforço para evitar que Temer fosse derrubado antes do término do mandato. “Vencemos na Comissão de Constituição e Justiça e vamos para o plenário com um relatório defendendo o arquivamento da denúncia. Regimentalmente, em qualquer situação, para derrubar Temer, seriam necessários 342 votos. O que mudou foi o fator político. O texto em análise, agora, é favorável a nós”, resumiu um aliado do presidente.

Por uma questão de cautela, integrantes da equipe econômica e da base na Câmara tentam conter o entusiasmo ao estabelecer uma relação direta entre os votos do plenário na quarta-feira e a retomada da tramitação da reforma da Previdência, embora saibam que o PSDB, por exemplo, que defende a abertura de investigação contra o presidente Michel Temer, votaria a favor de novas regras para as aposentadorias. “Podemos dizer que a situação política melhorou. Mas só vamos pensar o que fazer para frente depois de virarmos essa página da denúncia”, afirmou o vice-líder do PMDB na Câmara, Carlos Marun (PMDB-M

Nenhum comentário:

Postar um comentário