terça-feira, 11 de julho de 2017

O P.T. NÃO ACEITARÁ RODRIGO MAIA NO PLANALTO

Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press

Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na frente em todas as pesquisas eleitorais, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defende que a única saída para a crise política do país é a eleição direta, sendo por meio da convocação de um novo pleito ou antecipando o de 2018: “Não vamos aceitar outra saída. Não interessa se quem vai ganhar é o PT, o PSDB ou o DEM. Para nós, interessa que o povo retome as rédeas do seu destino. É pela democracia.” Ela faz questão de mandar o recado: os petistas que articularem na Câmara para Rodrigo Maia (DEM-RJ) assumir a Presidência no lugar de Michel Temer serão desautorizados. E Gleisi afirma: Lula é o plano A, B e C do PT. Questionada sobre uma possível condenação judicial do ex-presidente, que o deixaria inelegível, a senadora diz que não há provas no processo e admite que o partido não considera alternativas.

“Uma condenação em cima do Lula é política. Vamos nos movimentar e vamos gritar em alto e bom som que não é uma condenação legítima, que é uma fraude. Ou deixam o Lula participar e ganham dele nas urnas ou vão estar dando um novo golpe”, comenta, dizendo que o partido denunciará o caso até internacionalmente. À frente do PT pelos próximos dois anos, Gleisi acredita que um dos piores erros da legenda enquanto estava no poder foi em 2015, quando o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aplicou medidas de ajuste fiscal e austeridade no orçamento, o que teria aprofundado a recessão do país. “A mea-culpa não é a melhor resposta. A autocrítica, na prática, é. O PT está se reposicionando ao lado do povo brasileiro nas suas lutas para enfrentar o desmonte do Estado brasileiro e não titubear em nenhum momento com essa gente que sucedeu a Dilma.”

Como a senhora assume o PT em um momento tão complicado? É hora de uma renovação?

Para mim, é um grande desafio presidir o PT, pois é o maior partido de oposição do Brasil, o maior partido de esquerda da América Latina, tem influência e é referência na atuação de muitas organizações sociais. Então, assumir esse partido, principalmente no momento em que estamos vivendo uma situação de exceção, de desconstrução dos direitos dos trabalhadores, é uma grande responsabilidade. Não diria uma renovação. Há um reposicionamento claro do partido. Nós éramos governo, estamos na oposição e temos clareza de qual é nosso papel nesse sentido: é não compactuar com o que está colocado aí e defender o povo brasileiro

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