terça-feira, 18 de julho de 2017

SEM PROPINAS DA PETROBRÁS UTC PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

O empresário Ricardo Pessôa, presidente da construtora UTC, chega à sede da PF, em SP, em novembro de 2014 (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)
O grupo UTC, do empresário Ricardo Pessôa, protocolou pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo sob o argumento de ter sido afetado fortemente pela crise econômica e pelas consequências da Operação Lava Jato. No pedido, a empresa argumenta que há desequilíbrio financeiro superior a R$ 2 bilhões em três grandes contratos que possui atualmente com a administração pública: a reforma do aeroporto de Viracopos (Campinas), a construção da refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e a construção da hidrelétrica de São Manoel, na divisa entre o Pará e Mato Grosso. Argumenta ainda ter sido lesada pela Petrobras, porque a estatal decidiu, em junho deste ano, reter pagamentos no valor de R$ 20 milhões referentes a serviços prestados em Macaé para a manutenção de plataformas de petróleo. Segundo a UTC, o grupo teve de dispensar 4.100 funcionários por causa da interrupção das atividades em Macaé e tem agora apenas 500 colaboradores.
O pedido, que abrange 14 empresas do grupo, foi feito pelo escritório Leite, Tosto e Barros Advogados. De acordo com o documento, a UTC solicita o prazo de 60 dias para apresentar seu plano de recuperação judicial e pede que a Petrobras seja obrigada a depositar em juízo os R$ 20 milhões retidos anteriormente. Caso a Justiça defira a recuperação judicial, a empresa ganhará fôlego e condições especiais para se reestruturar economicamente. Pretende, assim, evitar a falência e atender aos termos do acordo de leniência firmado com o Ministério da Transparência

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