O general Hamilton Mourão, um dos consultores da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o deputado federal possui seguidores com “radicalismo nas ideias” e de forma boçal”.
“Existe um certo radicalismo nas ideias, um radicalismo até meio boçal. Tem boçal dos dois lados. Os extremos se atraem. Quando a Janaína (Paschoal) falou que o pessoal não pode ser o PT ao contrário, ela tem razão. A gente não pode dividir o país. Isso foi o que o PT fez”, disse, referindo-se ao discurso mais ameno feito pela advogada cotada a vice durante a convenção que oficializou a candidatura de Bolsonaro, no último domingo (22).
Ao comentar os maiores desafios enfrentados pela campanha, Mourão se mostrou preocupado com as polêmicas que cercam Bolsonaro: “Ele tem de mostrar que não é um troglodita.”
Mourão também criticou a forma como a imagem do deputado vem sendo trabalhada e a falta de propostas concretas para conhecimento do eleitorado.
“O que eu julgo é que a campanha do Bolsonaro está meio amadora. É aquela história: ele se fez, então tem dificuldades de ouvir as pessoas”, indagou. “Não pode o camarada ganhar a eleição e perguntarem: ‘O que ele vai fazer agora?’. Se ele pretende reduzir o número de ministérios, tem de ter um estudo. Qual é o programa de privatização? Tem de ser mais claro”, acrescentou
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