quinta-feira, 19 de setembro de 2019

BANCADA EVANGÉLICA ESTÁ CONTRA O SUPREMO.

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 10.07.2019 - O presidente Jair Bolsonaro participa de culto ao lado do presidente da frente evangélica, Silas Câmara, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). (Foto: André Coelho/Folhapress) ORG XMIT: AGEN1907101022489346
 - Em um almoço com cinco ministros de Jair Bolsonaro (PSL) , a bancada evangélica do Congresso fez críticas à atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e pregou ação conjunta com o governo para combater o que chama de "ativismo judicial" da corte. 
A convite do líder do grupo, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), 62 parlamentares do bloco, entre deputados e senadores, se reuniram por cerca de duas horas e meia no restaurante Coco Bambu do Lago Sul, em Brasília, com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Sergio Moro (Justiça), Osmar Terra (Cidadania) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União). 
Com 203 dos 594 congressistas, o bloco é considerado um dos pilares da base de apoio de Bolsonaro. O grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição.
Participantes do encontro relataram à reportagem que a palavra mais enfaticamente falada no encontro foi "STF". A bancada evangélica tem criticado a atuação do Supremo em pautas caras aos fiéis. A avaliação dos parlamentares é a de que a corte tem usurpado a competência do Legislativo. 
No início de junho, por exemplo, o STF decidiu enquadrar a homofobia e a transfobia na lei dos crimes de racismo até que o Congresso aprove uma legislação sobre o tema. O julgamento, na avaliação de líderes evangélicos, abriu mais brechas para que o Judiciário siga legislando. 
No almoço desta quarta, os cerca de oito parlamentares que falaram em nome da frente defenderam "mais sinergia" entre o governo e a bancada evangélica, principalmente para fazer avançar a pauta de costumes e evitar que ela seja inteiramente delegada ao Supremo.

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