domingo, 15 de setembro de 2019

SENADOR FLAVIO BOLSONARO DIZ QUE JAMAIS GRITARIA.

***FOTO DE ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, 16.07.2019 - O senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) durante cerimônia de posse do novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano. (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Folhapress) O
 - O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse que jamais gritaria ou trataria mal a senadora Selma Arruda (PSL-MT), que disse à Folha de S.Paulo ter sido pressionada, inclusive com grito, pelo filho do presidente Jair Bolsonaro a retirar sua assinatura em apoio a uma CPI para investigar integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Jamais gritaria ou trataria mal a senadora Selma. Prefiro não comentar. Entendo o momento difícil que ela está passando", disse Flávio em mensagem encaminhada à reportagem por sua assessoria de imprensa.
Selma é uma das signatárias do requerimento para criar a comissão parlamentar de inquérito --batizada de CPI da Lava Toga-- e disse em entrevista à Folha de S.Paulo que foi procurada por Flávio e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para recuar no apoio, o que inviabilizaria a comissão.
Ela disse que "o que eles argumentam é que uma CPI vai trazer instabilidade para o Brasil porque vai mexer com as instituições, com a integridade delas".
De acordo com a senadora, no último dia 21, Flávio ligou para ela e gritou ao telefone.
"Ele estava um pouco chateado. Alguém disse para ele que nós tínhamos assinado uma CPI que iria prejudicar ele e ele falou comigo meio chateado, num tom meio estranho. Eu me recuso a ouvir grito, então, desliguei o telefone", disse a senadora, que deve oficializar sua saída do PSL na próxima semana e ingressar no Podemos.
Ela também afirma que "gente do partido", que ela não quis identificar, condicionou a retirada da assinatura à tramitação do processo de cassação que existe contra a senadora no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso cassou o mandato de Selma, em abril deste ano, por caixa dois e abuso de poder econômico.
O TRE decidiu manter a cassação e, nesta semana, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se manifestou favoravelmente à medida.

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