domingo, 29 de setembro de 2019

MOVIMENTO "VEM PRA RUA" DIVULGA TELEFONES DE MINISTRAS.

Rosa Weber e Cármen Lúcia. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
  • Movimento quer protesto por votos favoráveis à regra que pode anular condenações da Lava Jato.
  • Grupo postou nas redes sociais mensagens com os telefones dos gabinetes das ministras.
Notabilizado por atuar pela derrubada da então presidente Dilma Rousseff (PT), o movimento Vem pra Rua tem estimulando seus seguidores a telefonar para as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), como forma de protesto pelo voto delas a favor da regra que pode anular condenações da Lava Jato.
A mensagem do Vem pra Rua foi feita divulgada através de posts nas redes sociais do movimento. Neles, foram publicados também os números dos gabinetes das ministras — os outros ministros que votaram como elas foram poupados.
"Que decepção! Vamos entrar em contato com ela?", diz a postagem, seguida das fotos de Lúcia e Weber.
Na última quinta (26), a maioria dos ministros do Supremo votou a favor da tese de que réus delatados devem apresentar alegações finais (última etapa de manifestações no processo) após réus delatores.

Votação no Supremo

Depois dos votos de 6 dos 11 ministros a favor dessa tese e de 3 contra, o presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que também votará com a maioria, mas anunciou a suspensão do julgamento para apresentar o voto na próxima sessão. A conclusão do julgamento depende da apresentação dos votos do próprio Toffoli e de Marco Aurélio Mello.
De acordo com o presidente do Supremo, na sessão de quarta-feira (2), ele vai propor uma modulação do entendimento, ou seja, uma aplicação restrita da tese a determinados casos. “Trarei delimitações a respeito da aplicação”, afirmou.
Uma vez concluído o julgamento com esse resultado, processos em que réus delatores apresentaram as alegações finais simultaneamente aos réus delatados podem vir a ser anulados.
Balanço divulgado pela força-tarefa da Lava Jato indicou que poderão ser anuladas 32 sentenças de casos da operação, que envolvem 143 condenados

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