terça-feira, 10 de setembro de 2019

GOVERNO ARRECADA 5 BILHÕES A MAIS EM AGOSTO.

RIO DE JANEIRO, RJ, 06.09.2019 - O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e o ministro de Produção e Trabalho da Argentina, Dante Sica, concedem entrevista coletiva nesta sexta-feira (06), no auditório do edifício do Ministério da Economia no Rio de Janeiro, para comentar o anúncio do acordo entre os dois países. Centro do Rio de Janeiro (Foto: Vanessa Ataliba/ Brazil Photo Press)
 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta (6) que o governo continua tendo "surpresas favoráveis" na arrecadação de impostos. Segundo ele, a receita de agosto superará as expectativas em R$ 5 bilhões. Em julho, a receita com impostos cresceu R$ 4,1 bilhões. 
Ele voltou a defender o respeito ao teto de gastos do governo federal como fundamental para equilibrar as contas públicas e disse que não planeja "medidas de curto prazo" para reanimar a economia, criticando governos anteriores por decisões 
"Nos dois últimos meses tivemos surpresas favoráveis na arrecadação", disse o ministro, referindo-se a julho, já divulgada e agosto. "Esse mês, ainda não foi anunciado, mas vem R$ 5 bilhões acima do esperado", concluiu, dizendo que a informação lhe foi passada pelo secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.
Com o aumento da receita em julho, o o caixa do Governo Central -que reúne as contas do Tesouro, Previdência e Banco Central-- fechou o mês com déficit de R$ 5,9 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2014.
As dificuldades fiscais levaram o governo a anunciar diversos contingenciamentos de gastos ao longo do ano. Com risco de paralisação de áreas importantes do governo, o presidente Jair Bolsonaro chegou a indicar esta semana apoio à flexibilização do teto de gastos públicos.
A medida, porém, foi rechaçada apos pressão do Ministério da Economia. "Temos compromisso com o teto de gastos", afirmou Guedes nesta sexta, em entrevista sobre acordo automotivo entre Brasil e Argentina. 
"O teto é justamente um a tentativa de limitar a fonte de todos os nossos males, que é o descontrole dos gastos públicos. Se eu furar o teto, estou chamando de volta a fonte de todos os nossos males. Estou tentando discutir o piso, que são as despesas discricionárias", disse o ministro.
Guedes confirmou que o governo estuda ações para reduzir o desemprego, segundo ele, com foco na redução de encargos trabalhistas. "Quando pensamos em emprego, sabemos do peso de uma legislação inadequada", afirmou

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