A estratégia de Jair Bolsonaro é de guerra. Conhecida como “tática da saturação”, promove ataques em diversos francos justamente para desbaratar a capacidade de reação do inimigo. O inimigo, no caso, é a sociedade brasileira.
A análise foi feita pelo ex-candidato a presidente pelo PSOL em 2018, Guilherme Boulos, durante o programa “Vozes da Nova Política”, do Yahoo Notícias.
A estratégia é definida sem muito rodeio. “De manhã ele xinga a Brigitte Macron; antes do almoço ele indica o filho para a embaixada; no almoço ele diz que garimpeiro pode invadir área indígena e no fim da tarde diz que é pra cagar dia sim, dia não”.
Segundo o coordenador da Frente Povo Sem Medo, a esquerda está como “barata tonta” enquanto Bolsonaro, quebrando a tradição dos antecessores, que buscavam formar maioria pelo consenso, tensiona a relação com as instituições “incitando a minoria dele”.
Para Boulos, apenas a mobilização popular de rua é capaz de expressar uma oposição de fato a um presidente que, diante da mais lenta recuperação econômica da história, prioriza “briguinha da quinta série A contra a quinta B”.
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