- Criticado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) disse que sua decisão de autorizar buscas e apreensões em endereços do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e do filho dele, o deputado Fernando Filho (DEM-PE), foi técnica e republicana.
Alcolumbre informou nesta tarde que o Senado vai questionar oficialmente o STF sobre a operação desta manhã.
Contrariando a posição da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que se manifestou contrária à ação, Barroso atendeu a um pedido da Polícia Federal e emitiu decisão em 9 de setembro autorizando a ação no Distrito Federal e em Pernambuco.
O posicionamento da PGR (Procuradoria-Geral da República) foi um dos principais argumentos da defesa do líder do governo no Senado e do deputado federal.
"A decisão executada na data de hoje [quinta], inclusive nas dependências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, foi puramente técnica e republicana, baseada em relevante quantidade de indícios da prática de delitos. Ainda assim, não envolveu qualquer prejulgamento. Só faço o que é certo, justo e legítimo", argumentou Barroso em nota.
A Polícia Federal sustenta que o líder do governo no Senado recebeu R$ 5,5 milhões em propinas de empreiteiras encarregadas das obras de transposição do rio São Francisco e de outros contratos do Executivo federal.
A negociação e o repasse dos valores teriam ocorrido de 2012 a 2014. De 2011 a 2013, Bezerra Coelho foi ministro da Integração Nacional na gestão de Dilma Rousseff (PT) e integrava o PSB.
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