- As vendas no comércio varejista cresceram 1% em julho de 2019 com relação a junho, informou nesta quarta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta registrada nesta quarta é a maior da Pesquisa Mensal de Comércio desde novembro do ano passado, mês em que ocorre a Black Friday. O IBGE creditou a melhora ao aumento na população ocupada e nas condições de crédito paras as famílias.
O crescimento refletiu nos dados do comércio, segundo o IBGE. Mesmo que seja crescimento em postos informais, as pessoas passaram a trabalhar. Isso tem impacto nas vendas de hipermercados, que é uma atividade básica, disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. O setor cresceu 1,3% no período.
No fim de agosto, o IBGE havia divulgado que a taxa de desemprego recuou no país, mas devido à criação de vagas no mercado informal, que bateu novo recorde. O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões no trimestre encerrado em julho, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 24,2 milhões.
O IBGE também explicou o crescimento do comércio de móveis e eletrodomésticos pelo acesso a crédito, estimulado pela redução dos juros. A concessão de crédito aumentou para pessoas físicas, então houve um estímulo para as vendas de bens duráveis, disse Nunes. No período, a venda de móveis e eletrodomésticos cresceu 1,6%.
Para o professor do Insper Silvio Abrahão Laban Neto, do ponto de vista do trabalhador, é melhor ter renda informal do que não ter renda.
"Isso pode ter ajudado até porque setores de alimentos como hiper e supermercados mostraram crescimento. Também existe o efeito da redução da taxa de juros, o que poderia contribuir para o crédito e, por conseguinte, melhores resultados para itens de uso pessoal e eletrodomésticos. Cabe lembrar que voltamos a níveis de 2015, ou seja, ainda há muito que recuperar, diz.
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