sexta-feira, 13 de setembro de 2019

ESTADOS UNIDOS APROVA PROJETO CONTRA O BRASIL.

REUTERS/Adriano Machado

  • Deputado democrata propôs lei de boicote a produtos brasileiros
  • Se aprovada, impactará diretamente na importação brasileira
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos irá debater um projeto de lei do deputado democrata Peter DeFazio que visa barrar importações brasileiras em vista de ajudar a Amazônia. O projeto foi apresentado na terça (10).
Entre os produtos que seriam barrados, estariam a carne e a soja, dois dos principais para o Brasil no quesito importação. A motivação do projeto de lei é responder o governo brasileiro sobre o aumento das queimadas na Amazônia.

“O presidente Jair Bolsonaro acredita que pode agir impunemente e acelerar a destruição da floresta amazônica, e ele precisa saber que há consequências reais por suas ações imprudentes”, afirmou DeFazio para justificar seu projeto.

A lei do congressista ainda proibiria importações de couro, açúcar, milho e tabaco do Brasil. Ainda justificando seu projeto, DeFazio cita que o desmatamento da Amazônia pode ter efeitos significativos nas chuvas nos EUA e afetar a produção norte-americana.
Essa seria uma medida inesperada dos EUA contra o Brasil. DeFazio faz parte do grupo dos democratas, oposição ao presidente republicano Donald Trump — hoje um dos grandes aliados do governo Bolsonaro fora do Brasil.
O chanceler brasileiro Ernesto Araújo tem reunião no Departamento de Estado, em Washington, nesta semana, para discutir o tema.

Salles admita erros do governo na condução da crise na Amazônia

Num raro ato de autocrítica, Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, admitiu que o governo falhou na comunicação em relação à crise de queimadas na Amazônia.
"Nós temos de comunicar melhor. [Repassar] informações à sociedade para [que a sociedade] entenda a evolução dos dados, deixando todos em um nível de conhecimento que permita um entendimento da questão. Acho que isso é algo importante a ser melhorado. Nós falhamos na comunicação. Esse é o ponto mais importante", admitiu o ministro.

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