quinta-feira, 19 de setembro de 2019

DELATOR DE LULA DEIXA A CADEIA E VAI USAR TORNOZELEIRA ELETRÔNICA.

***ARQUIVO***CURITIBA, PR, 05.09.2016 - O ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro, é preso e chega ao IML (Instituto Médico Legal) para realização de exame de corpo de delito em Curitiba (PR), após ser levado por condução coercitiva durante nova operação da PF denominada
- Ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro vai passar a cumprir pena em casa, com uso de tornozeleira eletrônica.
Ele esteve  em audiência na 12ª Vara Federal de Execuções Penais de Curitiba, de onde saiu por volta das 16h30, já com o equipamento.
O pedido de mudança do regime fechado para o domiciliar partiu da defesa do empreiteiro, que teve homologado o acordo de delação premiada .
Condenado em cinco processos da Lava Jato, Pinheiro foi preso pela primeira vez em novembro de 2014, na 7ª fase da operação, que mirou nos empreiteiros do esquema de corrupção da Petrobras.
Com um habeas corpus, ele saiu em março do ano seguinte, mas foi preso novamente em setembro de 2016.
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), homologou a delação de Pinheiro após mais de dois anos de negociações.
A homologação é necessária para que os relatos de supostos crimes possam robustecer inquéritos e processos em andamento e possibilitem a abertura de novas investigações.
Diante da demora da PGR (Procuradoria-Geral da República) para enviar a delação ao Supremo nos últimos meses, a defesa de Léo Pinheiro chegou a peticionar a Fachin, alertando sobre esse caso.
O ex-presidente da OAS vinha tentando firmar um acordo com as autoridades desde 2015. Em 2017, mesmo sem compromisso válido, decidiu dar à Justiça detalhes do esquema de corrupção na Petrobras em troca de uma redução de pena.
Em depoimento ao ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, Pinheiro imputou crimes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que reformou e reservou um apartamento tríplex em Guarujá (SP) como contrapartida a benefícios obtidos na Petrobras.
Essas declarações foram fundamentais para a condenação de Lula nesse processo, pelo qual cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro desde abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba --onde Léo Pinheiro também estava preso.
O acordo com a PGR só foi fechado em janeiro deste ano. O conteúdo dos depoimentos permanece sob sigilo, e é incerta a abrangência dos relatos feitos pelo empresário.
No início deste mês, uma polêmica sobre a inclusão de depoimentos na versão final do acordo enviado ao Supremo provocou um racha na Procuradoria-Geral da República.
A então procuradora-geral, Raquel Dodge, cujo mandato terminou nesta terça (17), solicitou o arquivamento de quatro anexos, conforme revelou o jornal O Globo

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