quinta-feira, 5 de setembro de 2019

DIREITA ENCONTRA RESISTÊNCIA PARA CRIAR PARTIDO ÚNICO.

**ARQUIVO** BRASÍLIA, DF, 20.08.2019: O governador de São Paulo, João Doria, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) durante coletiva de imprensa após reunião de bancada do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). )
- A criação de um partido único de centro é ideia que empolga diversas lideranças, João Doria (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) à frente, mas enfrenta resistências fortes por parte das principais siglas envolvidas na discussão.
A reportagem conversou com líderes tucanos, do DEM e do PSD, agremiações que formariam o núcleo do novo partido.
O diagnóstico é semelhante: é algo impossível ocorrer para o pleito municipal de 2020 e muito difícil para a eleição presidencial de 2022, quando uma frente contra Jair Bolsonaro (PSL) e a esquerda surge como hipótese mais provável.
A fusão, num cenário com 30 partidos com representação na Câmara dos Deputados, sempre pareceu lógica.
Na semana passada, durante evento de estreia do deputado Alexandre Frota (SP) na bancada do PSDB em Brasília, o presidente da Casa, Maia, pediu a palavra quando o tema surgiu numa entrevista.
Disse que o fim das coligações em eleições proporcionais, que começa a valer em 2020, levaria à união entre DEM e os tucanos. Ao seu lado, o governador Doria (SP), principal interessado no arranjo.
O tucano trabalha para se viabilizar como candidato à sucessão de Bolsonaro, tentando afastar a imagem de político próximo ao então presidenciável no segundo turno de 2018 -o voto BolsoDoria.
Uma musculatura partidária que incluísse DEM e PSD, fora siglas menores, está no radar de seus estrategistas.
A virtude dos partidos como pretendentes a cortejar é a mesma que os faz serem refratários a tal acordo agora.
O maior ceticismo vem do DEM, paradoxalmente dadas as declarações de Maia. Seu presidente, ACM Neto, já disse ser contra a fusão.

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