quarta-feira, 5 de julho de 2017

ZÉ DIRCEU NÃO COMPROVA SERVIÇOS DE CONSULTORIA

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu não conseguiu, nos últimos seis anos, comprovar na Justiça que tenha prestado serviços de “consultoria” à Delta Engenharia, do empresário Fernando Cavendish. Em 2011, os engenheiros José Quintella e Romênio Machado, da Sigma Engenharia, empresa que havia sido comprada pela Delta, acusaram Dirceu de receber dinheiro da empresa sem prestar serviços. A reportagem “O Segredo do sucesso”, publicada por VEJA, mostrava como Dirceu recebia dinheiro para fazer tráfico de influência, abrindo as portas da Petrobras para a empresa de Cavendish.
No dia 13 de junho, os desembargadores da Primeira Câmara Criminal do TJ julgaram improcedente o recurso de Dirceu, por considerarem que os dois engenheiros não tiveram o propósito de ofender a honra do ex-ministro. No ano passado, o TJ do Rio já havia negado provimento à acusação de Dirceu, que se dizia caluniado, e inocentou José Quintella e Romênio Machado, na primeira instância. O TJ do Rio concluiu que os dois engenheiros não agiram com a intenção de macular a honra do ex-ministro. Mas José Dirceu recorreu à segunda instância.
“Vale ressaltar que o querelante (Dirceu) não apresentou a mínima prova de ter prestado serviços de consultoria à empresa Sigma, de modo a demonstrar que a afirmação dos querelados era falsa”, diz trecho do relatório da desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, relatora do processo. “Em contrapartida, os querelados (Quintella e Romênio) juntaram aos autos as notas fiscais (…) por ‘serviços prestados’ pela empresa JD Assessoria”, continua o relatório da desembargadora.

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