quarta-feira, 4 de setembro de 2019

DALLAGNOL NO SENADO FEDERAL.

Foto: AP Photo/Andre Penner

Mais um episódio da Vaza Jato foi divulgada nesta terça-feira (03). Mais uma vez o procurador Deltan Dallagnol é o protagonista. Em diálogos realizados entre o fim de 2016 e os primeiros meses de 2017, ele revela sua vontade de ser candidato ao Senado, sinalizando uma atuação política indevida do procurador.
  • Dallagnol, curiosamente, mantinha uma conversa consigo mesmo no aplicativo Telegram. Em uma dessas mensagens autodirecionadas, ele afirma que "seria facilmente eleito".
“Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, escreveu em outra mensagem.
Em outros diálogos, Dallagnol deixa claro um desejo de ver o Ministério Público Federal (MPF) lançando um candidato por Estado. As mensagens mostram que Dallagnol pode ter desistido da candidatura em 2018 por avaliar que a atitude prejudicaria a Operação Lava Jato.
"Muitas pessoas farão uma leitura retrospectiva com uma interpretação de que a atuação desde sempre foi política. Pior ainda, pode macular mais do que a Lava Jato, mas o movimento anticorrupção como um todo, que pode parecer politicamente motivado. Por fim, a candidatura pode macular as 10+ como uma plataforma pessoal ou de Deltan para eleição, retirando aura técnica e apartidária”, afirma o procurador em outra mensagem autodirecionada.
Ao mesmo tempo em que Dallagnol tinha dúvidas no âmbito privado, ele era incentivado por colegas, como o procurador Vladimir Aras, que via no procurador potencial para derrotar "inimigos" da operação como Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Roberto Requião (MDB-PR), então senadores pelo Paraná

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