terça-feira, 7 de março de 2017

A FORÇA DE LULA DEPENDE DE SÉRGIO MORO

Lula
As intenções de voto em Lula aumentaram depois da derrubada de Dilma Rousseff
O fato novo recente na política brasileira é um fato velho: a constatação de que Lula está bem nas pesquisas. Que é elevada sua liderança nas intenções de voto para as próximas eleições presidenciais e que ela se amplia.
Trata-se de um fato com certeza relevante, mas sem novidade. Faz tempo que é isso que as pesquisas revelam, como CartaCapital vem mostrando nos últimos meses. A tendência é visível até nos levantamentos encomendados pela mídia corporativa, ainda que os divulgue de maneira enviesada.
As intenções de voto em Lula mudaram no terceiro trimestre de 2016. Elas haviam caído entre abril e maio, depois de permanecerem estáveis ao longo de boa parte de 2015 e no início do ano. De setembro para a frente, subiram e continuam ascendentes.
É isso que indicam as pesquisas feitas por todos os institutos, como a mais recente, de responsabilidade do MDA para a CNT. Conduzida em fevereiro, ela identificou um crescimento de 5 pontos porcentuais para Lula, que o levou de 25%, em dezembro, para 30%.
O mesmo vê-se na série de pesquisas do Vox Populi, que mostra que, entre outubro e dezembro de 2016, Lula subiu de 34% para 37%, e do Datafolha, que aponta que, entre julho e dezembro, o petista foi de 22% para 25%.
As pesquisas concordam que Lula melhorou e na intensidade do processo. Discordam, no entanto, quanto ao tamanho de suas atuais intenções de voto, que variam significativamente entre os institutos. Há um aspecto técnico que, provavelmente, explica as diferenças: o lugar que as perguntas eleitorais ocupam no questionário. Alguns institutos as situam no começo, outros mais adiante.
Existe um consenso entre os especialistas de que elas devem estar no início quando a eleição se avizinha, para evitar que as respostas dos entrevistados sejam afetadas por perguntas potencialmente indutivas. Quando, porém, a eleição está distante, o inverso é recomendável.
Abordar uma pessoa na rua e forçá-la a dizer de chofre em quem votaria “se a eleição fosse hoje”, quando faltam mais de 20 meses para a hora da escolha, parece despropositado. O que isso faz é levar a maioria a responder “não sei”

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