sexta-feira, 7 de julho de 2017

A NOVA ARMA DE RODRIGO JANOT CONTRA MICHEL TEMER

Michel Temer e Eduardo Cunha
Temer e Cunha: o presidente pode ser delatado pelo deputado preso

Em julho de 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cassado por seus colegas deputados por mentir a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, teria dito a um interlocutor que ficaria conhecido por "derrubar dois presidentes". A nota com essa informação, publicada pela coluna Radar, da revista Veja, não trazia nomes, mas os alvos eram óbvios. Cunha foi o artífice do impeachment de Dilma Rousseff e tem informações que comprometem Michel Temer.
De acordo com reportagem publicada pelo site BuzzFeed na noite da quarta-feira 5, a delação premiada de Cunha está sendo negociada entre ele e o Ministério Público Federal. As tratativas estariam tão avançadas, diz o site, que a próxima denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer já deve trazer informações prestadas pelo deputado cassado. Da mesma maneira, afirma o site, o doleiro Lúcio Funaro, operador de Cunha e de outros peemedebistas, também estaria negociando, separadamente, um acordo de delação.
Entre os fatos a serem narrados, afirma o site, Cunha e Funaro "vão confirmar que, mesmo presos, continuaram a receber recursos dos esquemas de corrupção que participaram", e que um dos esquemas é o do grupo J&F (JBS), de Joesley Batista, cujo intuito seria calar Cunha e Funaro em troca de dinheiro.
Até aqui, a delação de Joesley gerou uma denúncia contra Temer, por corrupção passivaNas 60 páginas do documento que entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF), Rodrigo Janot buscou conectar dois conjuntos de fatos para provar a culpa do presidente.
O primeiro envolve a negociação da propina semanal feita entre representantes do Grupo J&F e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), assessor presidencial flagrado correndo na rua com uma mala contendo 500 mil reais de propina. O segundo conjunto compõe o estreito relacionamento entre Loures e Temer. Para Janot, há evidências de que, ao pedir e receber propina, Loures estava atuando em nome de Teme
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